A importância do Complexo Termoelétrico de Candiota para o sistema elétrico interligado foi um dos assuntos tratados na reunião do grupo de atendimento ao sistema elétrico do Rio Grande do Sul, no ambiente do Operador Nacional do Sistema Elétrico, realizada na última quinta-feira, 20 de abril, no Centro Administrativo Fernando Ferrari. Na ocasião, o diretor geral do ONS, Luiz Eduardo Barata Ferreira, disse que o Rio Grande do Sul pode sofrer cortes no fornecimento de energia durante o verão 2017/18. Também participaram da reunião representantes da Fepam, Sulgás, CEEE, Eletrosul e CPFL.
De acordo com ele, se o complexo de Candiota ficar indisponível, poderá haver dificuldade de suprimento de energia. Segundo ele, isso não seria de modo permanente. Mas, no caso de uma outra ocorrência, como por exemplo, durante o verão por excesso de demanda ou com a perda de algum circuito de transmissão de energia. Isso representa a importância de ter o complexo de Candiota em operação.
Para o gerente executivo do Núcleo Sul do ONS, Manoel de Jesus Botelho, a usina é fundamental para a região Sul do estado. De novembro a abril, a carga triplica, por causa dos levantes hidráulicos para a irrigação do arroz, o que faz Candiota importante para o período. Botelho ressalta que energeticamente ela também é necessária, por ser uma térmica, com energia firme. O Complexo Termoelétrico de Candiota possui uma capacidade instalada de 796 MW. São 126 MW na Fase A, 320 MW na Fase B e 350 MW na Fase C. A Companhia de Geração Térmica de Energia Elétrica possui a concessão de operação. No ano passado, foram utilizados 2,595 milhões de toneladas de carvão em Candiota.