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Mais um agente a considerar o leilão de transmissão realizado um sucesso, o presidente da Associação Brasileira das Empresas de Transmissão de Energia Elétrica, Mario Miranda, atentou para o fato que a maioria dos lotes arrematados já foi oferecida em outros certames. De acordo com ele, a adequação do planejamento se refletiu na venda desses empreendimentos. “Quando o leilão é completo, significa que haverá continuidade no atendimento ao consumidor em elevado nível”, afirma.

A entrada dos indianos da Sterlite Overgrid também foi vista como positiva para o presidente da associação. Ele lembra que sempre há um estreante nos leilões, dando como exemplo a Equatorial e o Argus, por meio do Fundo Pátrias. O fato de ser fabricante de cabos pode ser uma vetorização dos seus produtos no país. Os deságios altos foram turbinados, na opinião de Miranda, devido à mudança da política do BNDES para financiamentos, que tirou a igualdade do custo de dinheiro. “Quando você coloca em valor de mercado, o ambiente muda completamente. Quem conseguiu trazer financiamento externo, pôde dar lances melhores”, aponta.

A presença de empresas de engenharia arrematando lotes no leilão fez com que Miranda alertasse que na transmissão de energia, há dois momentos distintos na concessão. O primeiro, que é o da construção do empreendimento e o segundo, que é o da operação, com prazo de 30 anos. Esse último requer experiência e tem forte regulação. “Quando entra na operação, se sujeita a regras da Aneel e ONS. Elas vão ter que se adaptar para trabalhar na operação da concessão”, ressalta. A venda dos ativos após prontos ou a contratação de operadoras não estão descartados, seriam movimentos normais.

Miranda concorda que a indecisão sobre a realização de leilões de geração, o baixo risco e a atratividade das LTs trouxeram players do setor elétrico para a transmissão. “Muitos investidores olham o setor no longo prazo, ele enxerga que vai viver 30 anos com a taxa de retorno”, explica. Ele acredita que os próximos leilões de LTs continuarão com intensa disputa. “Em 2012 eram 0,4 proponentes por lote. No ano passado, foram 2 por lote e esse ano ficou em 4,7. Voltamos a ser um caso de sucesso”, comemora.

Ele não vê equívocos nas avaliações dos lotes feita pela Aneel, que também estaria possibilitando os altos deságios. Segundo ele, a associação tem acompanhado os bancos de preço e na média não há distorções. A Abrate está auxiliando na construção de um banco de preços de referências. “Os valores são normais, que ela tem acompanhado no próprio mercado. Na média histórica não tem grande diferença”, observa.