A Celesc deverá manter sua orientação para investimentos em transmissão após a bem sucedida iniciativa por meio do Consórcio Aliança, formado pela EDP (90%) e Celesc (10%). Segundo o presidente executivo da empresa, Cleverson Siewert, a participação no capital social foi uma opção até para conhecer a dinâmica do processo e adequar o tamanho da responsabilidade no caixa disponível da companhia. Mas, para os próximos passos, prevê a possibilidade de ampliar essa fatia em futuras sociedades ao limite de 49%.
A SPE formada para o leilão de transmissão disputado na segunda-feira, 24 de abril, arrematou o lote 21 que engloba 753 quilômetros em linhas de transmissão, mais uma subestação, tudo no estado de Santa Catarina e cujo investimento previsto pela Aneel é de R$ 1,265 bilhão.
“Essa participação de 10% no consórcio foi uma opção da Celesc para o nosso caixa, entendemos que esse tamanho estava adequado e que era importante e factível para nós até para conhecer o novo parceiro e a dinâmica da transmissão”, comentou. “Essa foi uma decisão estratégica que pode aumentar sim nos próximos certames porque há o interesse em continuar no segmento”, apontou.
Contudo, por conta de evitar problemas legais por conta de seu perfil estatal, a Celesc possui a decisão de limitar a sua participação em consórcios em 49%. As futuras sociedades poderão ser feitas com a própria EDP, comentou ele, mas precisa passar obrigatoriamente por uma chamada pública de projetos. A ideia é de ficar sempre como acionistas minoritários para, segundo suas palavras, não trazer a burocracia de empresas públicas para os negócios.