A distribuidora catarinense Celesc-D descobriu no ano passado um erro no processo de revisão tarifária e já comunicou a Agência Nacional de Energia Elétrica. Esse problema impactou o nível de perdas totais definido pela agência reguladora para o período atual. Segundo os cálculos da empresa o nível regulatório correto passaria dos atuais 7,42% para 8,11%, ainda assim abaixo do nível apurado pela companhia ao final do ano passado que ficou em 8,9% e que impactou a empresa em R$ 70 milhões.
De acordo com o presidente executivo da Celesc, Cleverson Siewert, o nível de perdas totais reportado preocupa a companhia, justamente pelo impacto financeiro. Nesse sentido a companhia tem atuado em cinco frentes para combater essas perdas e retornar ao nível regulatório. A perspectiva é de que isso ocorra ao final de 2018 apenas.
Em paralelo às ações específicas da companhia, o erro encontrado refere-se ao aumento da geração de energia por parte das cooperativas que estão em meio à área de concessão da Celesc. Esse fator foi desconsiderado e, segundo o executivo, o processo de cálculo deve ser mudado para adequar essa geração adicional que não é de responsabilidade da empresa.
“Já comunicamos a Aneel e CCEE e se a agência reguladora aceitar a nossa tese saímos de um indicador de 7,42% para 8,11% de limite, ainda faltaria, mas seria menos”, comentou Siewert. “Atualmente estamos 1,5 p.p acima do limite, queremos tirar pouco mais de meio ponto junto a Aneel e mais meio ponto das perdas com nossas ações que podem nos levar ao final de 2018 de volta ao limite”, apontou.
O plano de ação citado pela empresa envolve a fiscalização da baixa tensão e média tensão, substituição de medidores em alta tensão por telemedição, recontagem de pontos de iluminação pública, processo de faturamento automatizado em grandes consumidores, atuar para retirar ou regularizar ligações clandestinas. Essas ações, na avaliação dele deverá trazer bons resultados nesse combate.