Mário Araripe, presidente e fundador da Casa dos Ventos, recebeu na última segunda-feira, 24 de abril, o título de cidadão piauiense, concedido pela Assembleia Legislativa do Piauí. A honraria foi proposta no ano em que a Casa dos Ventos comemora dez anos. Araripe é natural de Crato (CE), mas foi no Piauí que encontrou uma das melhores condições de vento do mundo, característica que tem contribuído para transformar o interior do estado em uma referência na geração de energia eólica.

A Casa dos Ventos opera no Piauí uma das maiores usinas eólicas da América Latina, o Complexo Ventos do Araripe III, na divisa do estado e no alto da Chapada do Araripe. A empresa desenvolveu aproximadamente 1,1 GW de projetos em operação no estado, cerca de 90% de toda a capacidade instalada de ativos eólicos no Piauí. Foram R$ 7,4 bilhões em investimentos na geração de energia. São R$ 16 milhões pagos anualmente para as famílias piauienses envolvidas nos projetos da Casa dos Ventos, representando uma média de R$ 54 mil por ano, por família.  Hoje, são mais de 200 profissionais trabalhando diretamente na operação e manutenção das usinas.

De acordo com Araripe, estudando o Brasil de Norte a Sul descobriu-se na região um ‘vento que não para de soprar’. Segundo ele, a poesia da energia eólica no Brasil não está somente em gerar energia limpa, mas em contribuir para a melhoria da qualidade de vida de diversas comunidades do sertão nordestino. Dentre os benefícios estão a regularidade fundiária e remuneração pelo arrendamento das propriedades, melhoria da infraestrutura dos acessos, geração de empregos e implementação de programas sociais.

Somente no Piauí, mais de 1.500 famílias arrendaram seus imóveis para projetos da Casa dos Ventos, totalizando 87 mil hectares. Aproximadamente R$ 20 milhões foram pagos a elas durante o período pré-operacional, quando a empresa realiza estudos de viabilidade e sequer um quilowatt de energia é gerado. Hoje, com os parques em operação, essa remuneração se mantém anualmente e permanecerá por pelo menos mais 20 anos. Para construir os projetos desenvolvidos pela empresa de Araripe, foram viabilizados R$7,4 bilhões de investimento no interior do estado. Essas usinas eólicas fizeram com que o Piauí deixasse de ser importador de energia e passasse a ser exportador de energia limpa. Foram aproximadamente 5.000 empregos diretos criados, com prioridade para mão-de-obra local.