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A Cteep projeta que conseguirá reduzir a necessidade de investimentos nos lotes que arrematou no último leilão de transmissão em algo entre 20% a 25%. O motivo é a perspectiva de obter sinergias, pois os lotes estão em sua área de atuação, bem como a aplicação de soluções técnicas específicas e customizadas. A transmissora disse ter entrado no certame com todos os contratos já negociados e que por isso conseguiu oferecer os deságios apresentados, por isso descarta que os valores estimados pela Aneel estejam acima da realidade.

De acordo com o presidente executivo da transmissora, Reynaldo Passanezi, foi a conjuntura econômica do país que permitiu um maior nível de deságio como o visto na disputa realizada na segunda-feira, 24 de abril. “Temos de fato um momento positivo com fornecedores, pois fábricas não estão com capacidade ocupada o que permite negociações. O capex estimado pela Aneel não está errado, são as condições econômicas do país que permitem que essa situação [de deságios elevados] aconteça. Até porque quando você olha a variância dos lances, eles não apresentaram variâncias muito grandes com 3, 4 até 5 concorrentes com lances parecidos em um mesmo lote. No nosso caso tivemos dois que foram vencidos já no viva voz”, avaliou o executivo em teleconferência com analistas e investidores sobre os resultados da companhia no primeiro trimestre de 2017.
Em sua avaliação, os deságios apresentados – a média foi de 36,5% para os 31 lotes concedidos e um pico de 58,87% – é o resultado dessa conjuntura combinada com um mercado que fez sua lição de casa em termos de buscar otimização em termos de capex, antecipação da operação e busca de benefícios fiscais, bem como a alavancagem financeira. No caso da empresa que comanda ele citou o fato de que os projetos arrematados estão em sua área de atuação o que traz benefícios de menores custos em diversos aspectos, bem como no maior lote do certame onde participou em consórcio com a Taesa.
“No nosso caso, os lotes que vencemos sozinhos podem ser quase considerados investimentos de reforço no sistema, um grande reforço onde temos mais controle sobre o capex”, acrescentou Passanezi.
Questionado sobre o apetite da empresa por próximos leilões, o executivo foi evasivo e comentou apenas que uma coisa que a empresa avalia é a pouca disponibilidade de novos lotes no estado de São Paulo. E ainda, essa sinergia vista no certame desta semana não deverá ser vista em outros projetos. Segundo ele, as maiores avaliações de risco estarão em lotes com questões fundiárias, esse componente de desapropriação no capex é muito específico e importante para o custo final do projeto.