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De acordo com Alexandre Pereira, diretor da UL DEWI do Brasil, devido ao estado de maturidade do mercado brasileiro de energia eólica, com mais de 10,7 GW instalados, há uma demanda crescente por estudos de desempenho dos projetos. Porém, uma outra forma de aumentar a rentabilidade dos projetos é justamente prolongar a vida útil dos componentes. Hoje os projetos no Brasil estão dimensionados para operarem por pelo menos 20 anos. Contudo, as máquinas instaladas ainda não estão totalmente adaptadas para o clima e os ventos brasileiros, o que pode no futuro comprometer o desempenho e o tempo de atividade dos parques.
O serviço oferecido pela UL DEWI compreende em uma análise detalhada dos componentes de cada turbina, incluindo as torres, antes mesmo da implantação do projeto. A partir de dados coletados analiticamente e empiricamente, é gerado um modelo em computador que simula a operação do equipamento e determina a probabilidade de duração de cada componente. A avaliação final inclui o prazo para operação segura do parque eólico e estimativas de custo de manutenções e melhorias que possam aumentar a vida útil do ativo.
Pereira destaca que esse serviço pode beneficiar todos os stakeholders envolvidos no mercado de energia eólica. “Além dos proprietários do parque, este tipo de análise beneficia toda a cadeia de valor da energia eólica. Este é um serviço que visa aumentar a rentabilidade e reduzir o risco de ocorrências imprevistas [ao antecipar desgastes], produzindo benefícios também para o planejamento do setor elétrico [ao deslocar a contratação de nova capacidade instalada], para os agentes financeiros e seguradoras [ao reduzir o risco financeiro] e fabricantes de equipamentos [ao certificar os aerogeradores].”
No Brasil, existem 430 parques em operação, totalizando cerca de 6 mil aerogeradores. Estes números, porém, ainda estão muito abaixo do potencial total de geração de energia a partir do vendo no país, estimado em mais de 500 GW, segundo a UL DEWI, cuja sede é na Alemanha.