O Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico confirmou a importação esta semana de 50 MW médios de energia do Uruguai pela estação conversora de Rivera, na fronteira com o Rio Grande do Sul. A definição de quantidades semanais de energia que poderão ser importadas do país vizinho, por meio das estações conversoras de Rivera (70 MW) e de Melo (500 MW), será aplicada a partir do Programa Mensal de Operação de maio. O montante de energia ofertada e o preço serão declarados pela Eletrobras, responsável pela importação.

A projeção do CMSE para o risco de déficit de energia em 2017 se manteve estável este mês, passando de 0,8% para 0,7% nas regiões Sudeste/Centro-Oeste. Para Nordeste, o risco saiu de 0,1% para 0%. O resultado considera a configuração do sistema no PMO de maio e as simulações feitas com base em séries sintéticas de vazões. Quando se examinam as séries históricas, o risco de faltar energia continua em 0% nas duas regiões.

Em nota divulgada após a reunião mensal desta quarta-feira, 3 de maio, o CMSE reafirma que o abastecimento de energia está garantido, mas as hidrologia desfavorável levará “a despachos térmicos mais volumosos”, com aumento do custo de operação do sistema. Durante a reunião, o Operador Nacional do Sistema Elétrico, reforçou a necessidade de redução da vazão da hidrelétrica de Sobradinho de 700 m³/s para 600 m³/s para garantir a segurança hídrica na bacia do rio São Francisco durante o período seco. A autorização já foi dada pela Agência Nacional de Águas no último dia dia 26 de abril, mas é necessária autorização especial do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis. Segundo o ONS, a adoção da medida a partir desse mês vai adiar a entrada do reservatório da usina no volume morto do inicio de outubro para o fim do mês.