A Copel (PR) investirá R$ 70 milhões nos próximos quatro anos na pesquisa de novas tecnologias para armazenar energia. O investimento se divide em sete diferentes projetos de pesquisa e desenvolvimento inscritos pela empresa na Chamada 021/2016 da Agência Nacional de Energia Elétrica. A execução começa ainda em maio. Os projetos buscam soluções inovadoras para otimizar a operação das “redes inteligentes”, que combinam tecnologias de distribuição de energia e telecomunicações a fim de evitar interrupções no fornecimento de energia e possibilitar seu gerenciamento pelos consumidores.
De acordo com o presidente da Copel, Sergio Guetter, esses projetos apontam para o futuro imediato do setor elétrico. Segundo ele, atualmente já é possível gerar energia em casa, mas logo os consumidores terão também a possibilidade de gerenciar melhor o consumo e auxiliar no equilíbrio do sistema elétrico como um todo, vendendo a energia gerada em excesso para a distribuidora, que vai armazená-la. Ao todo foram aprovados 23 projetos com propostas de arranjos técnicos e comerciais para inserir sistemas de armazenamento de energia no setor elétrico brasileiro, o que significa que 30% dos projetos sobre o tema estão sob responsabilidade da Copel.
Já para o superintendente de Smart Grid e Projetos Especiais da empresa paranaense, os projetos da Copel incorporam modernas baterias à geração distribuída, o que permite a composição de pequenos sistemas elétricos autônomos, os microgrids, formado por um grupo de consumidores que geram sua própria energia. O armazenamento de energia é um elemento vital para integrar a geração convencional à geração realizada a partir de fontes renováveis na ponta de consumo. Encontrar meios para armazenar a energia vai permitir, integrar fontes de geração estáveis e previsíveis a fontes intermitentes.