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A Taesa reforçou os planos de ampliar sua participação no segmento de transmissão de energia elétrica no Brasil a partir de aquisições de ativos. Segundo informou nesta segunda-feira, 8 de maio, o diretor Financeiro e de Relações com Investidores da empresa, Marcus Aucélio, o foco das operações está nos empreendimentos operacionais das empresas espanholas Abengoa e Isolux, ambas com graves dificuldades financeiras, e da Eletrobras, que deverá se desfazer ainda este ano de participações detidas em Sociedades de Propósito Específico na área de transmissão.
“Ainda estamos olhando as oportunidades, mas ainda não temos um número fechado de quanto iremos investir. Teremos capacidade para um desses dois ativos (Abengoa ou Isolux)”, explicou o executivo, durante teleconferência com analista de mercado para detalhar os resultados financeiros do primeiro trimestre do ano. Aucélio explicou que, no caso dos ativos ainda não operacionais, a Taesa aguarda um posicionamento por parte da Agência Nacional de Energia Elétrica apontando uma solução para a revisão das receitas desses empreendimentos.
A forte geração de caixa, o baixo nível de alavancagem e o incremento das Receitas Anuais Permitidas dos projetos do seu portfólio são os trunfos da Taesa para fazer frente a novos projetos, tanto por meio de aquisições quanto meio da entrada em leilões públicos. A participação positiva nos últimos certames realizados no segundo semestre de 2016 e em abril de 2017, quando a empresa arrematou dois lotes, resultarão em investimentos da ordem de R$ 2,75 bilhões. Os recursos, segundo o diretor, serão aplicados ao longo dos próximos anos.
No leilão deste ano, a companhia arrematou um conjunto de quatro linhas – totalizando 1.200 km de extensão – e três subestações, em consórcio juntamente com a ISA/Cteep. O capex regulatório previsto é de aproximadamente R$ 1,9 bilhão, com desembolsos previstos até o ano de 2022, mas a companhia espera reduzir o valor das obras entre 5% e 20%, a partir de otimizações de engenharia. A Taesa pretende financiar 70% do custo do projeto com recursos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, via Finame e Finem.
A Taesa observou ao final de março uma redução de 47% no resultado financeiro, fechando o primeiro trimestre deste ano em R$ 70,9 milhões contra R$ 133,8 no mesmo período do ano passado. Os principais impactos nesse sentido vieram de reduções de R$ 34,1 milhões em variações monetárias e cambiais e de R$ 18,2 bilhões em outras despesas financeiras. Com uma dívida líquida somando R$ 2,68 bilhões, a empresa pretende renegociar o perfil de amortização, cuja programação prevê o pagamento de R$ 974 milhões apenas este ano.