A Equatorial Energia apresentou um lucro líquido ajustado de R$ 74 milhões no primeiro trimestre de 2017, uma queda de 38,9% na comparação com o mesmo período do ano passado. O resultado ebitda (antes de juros impostos, depreciação e amortização) desse período também recuou, 11,8%, para R$ 263 milhões, influenciado pela alteração referente a atualização do ativo financeiro (VNR) que passou a ser contabilizado na receita operacional da companhia e não mais no resultado financeiro. Sem essa mudança, o ebitda ajustado teria sido de R$ 239 milhões.

A receita operacional liquida da companhia somou R$ 1,7 bilhão no acumulado dos três primeiros meses do ano, um aumento de 0,8% ante o reportado em 2016. Os investimentos somaram R$ 350 milhões, aumento de 29,9% e a dívida líquida aumentou 37,2%, encerrando março em R$ 2,7 bilhões.
Na Cemar o consumo de energia no mercado cativo e livre apresentou recuo de 4,2%, alcançando 1.400 GWh. A classe residencial apresentou queda de 3,1%, já o segmento industrial caiu 8,1% na soma do ACR e ACL, sendo que no primeiro a retração foi de 28% ainda mais com a migração para o mercado livre. No comercial a soma de ambos ambientes de contratação apresentou retração de 5,7% no consumo. O mercado cativo recuou 6,5% e o livre aumentou 117,1%.
Por sua vez, na Celpa o consumo permaneceu estável com 1.959 GWh. A demanda residencial ficou 0,5% abaixo do mesmo período do ano passado, essa classe representa 42% de toda a energia vendida pela concessionária. As vendas à indústria aumentaram 0,9% na soma entre o livre que cresceu 112% e o cativo onde a queda foi de 81%. No comercial a queda no cativo ficou em 9,2% mas na soma dos dois ambientes não houve variação significativa. O ACR apresentou queda de 8% e o livre disparou 132% no período em relação a 2016.
As perdas da Cemar encerraram março com índice de 18,2% ante uma meta regulatória de 19,7%. As perdas não técnicas no mercado de baixa tensão somaram 12,9% ante meta de 15,1%. Na Celpa esses índices ainda estão acima do limite estabelecido pela Aneel. As perdas totais ficaram em 27,5% ante meta de 26,8%, enquanto isso, na baixa tensão as perdas não técnicas somaram 35,7% diante de uma meta de 34%.
A Equatorial destacou ainda sua participação no leilão de transmissão realizado no mês passado, quando arrematou mais um lote, o de número 31. A estimativa da empresa é de que consiga colocar o projeto em operação comercial com antecipação de 12 meses ante o cronograma indicado no edital, que é de agosto de 2022. Agora, considerados os dois mais recentes certames a Equatorial Transmissão tem um investimento total estimado em R$ 4,6 bilhões e RAP de R$ 850,2 milhões.