A perspectiva de demanda nas áreas de concessão da Cemar e da Celpa deverão se manter em menor escala até meados de maio. Essa é a estimativa da Equatorial Energia, controladora das duas concessionárias que apontou o alto volume de chuvas e como consequência temperaturas mais amenas como os principais fatores para a retração do consumo nesses dois estados, ao lado da situação econômica ainda deprimida.
“Não divulgamos um guidance, mas o que acontece é que temos registrado chuvas fortes no norte do Pará que é onde está concentrada a carga e do meio do Maranhão pra cima e isso faz com que a temperatura caia e influencie diretamente o consumo”, comentou o diretor Financeiro e de Relações com Investidores da Equatorial, Eduardo Haiama. “A tendência é de que essa situação permaneça até segunda quinzena de maio quando deveremos ter menos chuvas”, acrescentou.
No balanço do primeiro trimestre a Equatorial registrou queda no volume de energia faturada nas duas concessionárias que controla, a Cemar e a Celpa. Na primeira o indicador foi de 4,2% e na segunda 0,1%, com 1.400 GWh e 1.959 GWh, respectivamente.
Transmissão – A companhia ainda não começou as obras dos primeiros lotes obtidos por meio do leilão de outubro. Segundo o executivo da empresa, isso não ocorreu porque a companhia busca ainda as licenças ambientais para iniciar as obras. Em sua avaliação essa etapa está em estágio avançado e disse que a meta da empresa continua a de entregar no prazo estimado pela companhia de antecipar a operação comercial.
“Estamos correndo com o projeto básico e todo o cronograma necessário até termos as autorizações ambientais e iniciarmos as obras. Tudo está em linha ou em um estágio mehor do que estimamos inicialmente, tanto em relação ao custo quanto ao prazo”, comentou ele.
A Equatorial iniciou suas atividades em transmissão no leilão de outubro quando arrematou lotes no Pará, Bahia, Minas Gerais e Piauí, e mais recentemente, no leilão de abril com o lote 31 no estado do Pará. Todos os ativos somados representam linhas com extensão total de 2.586 quilômetros, sete subestações, investimentos estimados pela Aneel em R$ 4,6 bilhões e RAP de R$ 850,2 milhões.