O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) no mês de abril apresentou variação de 0,14%. Com isso, o índice da inflação oficial do país está em 1,1% no acumulado do ano. Nesse mesmo período de 2016 estava em 3,25%. No acumulado de 12 meses o indicador entrou no centro da meta do governo federal com 4,08%. Os principais destaques para a redução foram relacionadas pelo IBGE às contas de energia que ficaram 6,39% mais baratas e aos combustíveis com queda de 1,95%.

Segundo o IBGE, essa queda dos valores para a energia elétrica reporta-se ao desconto aplicado sobre as contas em função do pagamento indevido do Encargo de Energia de Reserva relacionado à usina de Angra III, e isso mesmo com a elevação da bandeira amarela para o primeiro patamar da vermelha, que aumentou o repasse às distribuidoras em R$ 3 para cada 100 kWh consumido.
Foram registrados decréscimos na tarifa de energia em todas as 13 regiões que fazem parte da pesquisa do IBGE. A maior queda ocorreu em Campo Grande com 13,21% e a menor ficou no Rio de Janeiro com 0,73% em função do reajuste de 9,81% em uma concessionária nessa região metropolitana. São Paulo, que é a área com maior peso no cálculo teve um recuo de 8,09% e em Belo Horizonte, terceira em termos de peso, o recuo ficou em 6,8%.
Com isso, a energia elétrica levou à redução de 1,09% no item habitação que compõe a fórmula do cálculo da inflação ante uma elevação de 1,18% de março. Esse item contribuiu com uma redução de 0,17 ponto porcentual no índice do IPCA, o que teve mais impacto no geral.
A inflação consolidada na região de São Paulo, cujo peso é de 30,67% para o indicador, ficou em 0,97% em 2017 e 4,16% nos últimos 12 meses. No Rio de Janeiro, peso de 12,06%, os mesmos indicadores ficaram em 1,85% e 4,68%. A terceira em termos de peso, Belo Horizonte (10,86%) os indicadores foram de 0,86% e de 3,97% no ano e nos últimos 12 meses, respectivamente.