A Eneva registrou um resultado financeiro líquido negativo de R$ 155,7 milhões no primeiro trimestre deste ano, contra um resultado também negativo de R$ 165,6 milhões no mesmo período do ano passado. A leve melhora se deveu, principalmente, à queda dos índices que corrigem os contratos de financiamento da companhia. O ebtida recorrente ajustado saltou 26,5% na comparação trimestral, passando de R$ 203 milhões em 2016 para R$ 256,8 milhões em 2017, impulsionado pelo reajuste de inflação sobre a receita fixa dos contratos de comercialização de energia elétrica, pela receita fixa da térmica Parnaíba II e por reduções de custos operacionais.
De acordo com o balanço trimestral da geradora, divulgado nesta quinta-feira (11), a geração líquida total das usinas termelétricas da empresa atingiu 1.181 GWh (593 MW médios) entre janeiro e março – 50% a menos que no mesmo período de 2016. A redução decorre do baixo nível de despacho no subsistema Norte, ocasionado pela queda do Custo Marginal de Operação deste subsistema em função de fatores como o aumento no nível do reservatório da hidrelétrica de Tucuruí e da contribuição da geração da hidrelétrica de Belo Monte. O Complexo Parnaíba, a gás, gerou 648 GWh no trimestre, enquanto a térmica de Itaqui, a carvão, apresentou geração de 21 GWh.
O balanço financeiro mostra que os investimentos no primeiro trimestre do ano diminuíram 51,2% em relação ao período janeiro-março de 2016, saindo de R$ 91,6 milhões para R$ 44,7 milhões. Deste montante, aproximadamente 88% foram investidos em atividades de E&P e apenas 12% em atividades de geração – entre as quais a implantação do sistema de captação de água do Rio Mearim, no Complexo Parnaíba. A dívida líquida consolidada da geradora fechou o primeiro quatro do ano somando R$ 4,59 milhões, com prazo médio de pagamento de 5,2 anos. A posição de caixa consolidada da Eneva em 31 de março de 2017 era de R$ 619,94 milhões.