A Petrobras divulgou um lucro líquido de R$ 4,449 bilhões no primeiro trimestre, revertendo o prejuízo de R$ 1,246 bilhão em igual período anterior. O resultado foi determinado por menores gastos com importações de óleo e gás natural, pela maior participação da produção nacional; aumento de 72% nas exportações, com preços médios de pétróleo mais elevados; recuo de 27% nas despesas com vendas, gerais e administrativas; redução de 11% nas despesas financeiras líquidas; e menores despesas com baixas de poços secos e subcomerciais e ociosidade de equipamentos.

O ebtida ajustado da companhia ficou em R$ 25,2 bilhões nos três primeiros meses do ano, 19% acima de iguais meses de 2016. O ebtida reflete as menores despesas operacionais e os menores gastos com importações. A margem ebtida ajustado foi de 37% no trimestre. O endividamento bruto caiu 5% para R$ 364,8 bilhões, entre o fim do ano passado e o final de março. A dívida líquida caiu 4% no período para R$ 314,1 bilhões. Com isso, o índice dívida líquida sobre ebtida ajustado ficou em 3,24 e a alavancagem em 54%. A dívida em dólares ficou em US$ 95 bilhões.

Pedro Parente, presidente da Petrobras, destacou como um dos principais pilares do resultado a redução de custos de 18% nos gastos gerenciáveis no trimestre. A empresa explicou ainda que a venda de 90% das ações da Nova Transportadora do Sudeste nas demonstrações do segundo trimestre é o reconhecimento de um ganho contábil de cerca de R$ 6,7 bilhões, antes tributos. O impacto está sujeito aos ajustes finais de preço previstos contratualmente.