A Energisa encerrou o primeiro trimestre do ano com um aumento de 5,1% no seu lucro líquido ante o mesmo período do ano passado, totalizando R$ 130,9 milhões. De acordo com o balanço financeiro trimestral divulgado nesta quinta-feira (11), o grupo apresentou no início deste ano um ebtida ajustado de R$ 577,1 milhões, o que equivale a uma expansão de 30,5% frente ao período janeiro-março de 2016, quando a rubrica ficou em R$ 443 milhões. Segundo o comando da empresa, a evolução dos números reflete um cenário de recuperação da demanda.
Números do mercado mostram um crescimento trimestral de 2,2% no consumo total de energia elétrica, entre clientes cativos e livres, no conjunto das distribuidoras da holding, totalizando 7.372 GWh. A classe que mais contribuiu para esse resultado foi a rural, com um acréscimo de 58 GWh. O consumo do segmento industrial dá sinais de recuperação no mercado da Energisa, com leve alta de 0,1% frente a igual trimestre de 2016 – quando a queda, frente a 2015, foi de 13,9%. Com alta de 3,3%, a região Nordeste foi a que mais cresceu no início de 2017.
Segundo o vice-presidente Financeiro e diretor de Relações com Investidores da Energisa, Maurício Botelho, o retrato do mercado da empresa é positivo. "São resultados consistentes verificados nos últimos trimestres, que mostram avanços em várias frentes", avaliou, durante teleconferência com analistas financeiros realizada hoje. Além do crescimento do consumo, a holding apresentou ainda um patamar de 12,15% nas perdas totais nos 12 meses findos em março último, índice 0,23 ponto percentual abaixo do verificado em dezembro de 2016.
Nos indicadores de qualidade, medidos nos 12 meses até março, apenas duas concessionárias, do Tocantins e do Mato Grosso, apresentaram índices de DEC acima do limite regulatório da Agência Nacional de Energia Elétrica. Os investimentos aplicados nas distribuidoras do grupo cresceram 37,4% no primeiro trimestre deste ano, chegando a R$ 407 milhões. Deste total, R$ 322 milhões foram para estados cujas empresas passarão pelo 4º ciclo de revisão tarifária entre agosto deste ano e abril de 2018: Paraíba, Sergipe, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul.