A CPFL Energia divulgou na noite desta quinta-feira (11) que obteve um lucro líquido de R$ 232 milhões no primeiro trimestre de 2017, um montante estável na comparação ao igual mesmo período do ano passado. O resultado ebitda (antes de juros impostos, amortização e depreciação) alcançou R$1,2 bilhão, um crescimento de 15,6% nessa mesma base de comparação de 2016. A empresa explica que esses números refletem a consolidação do balanço da RGE Sul (adquirida ano passado do Grupo AES Brasil) e os ganhos nos negócios de geração convencional e de geração renovável com a entrada de novas usinas eólicas e a estratégia de sazonalização da energia.

A receita líquida da companhia registrou aumento de 27,7% no mesmo intervalo de comparação, para R$ 5,54 bilhões. Esse crescimento é atribuído à expansão das vendas de energia nas áreas de concessão das distribuidoras do grupo, com a incorporação dos resultados da RGE Sul, e o aumento no faturamento dos segmentos de comercialização (R$ 189 milhões), geração convencional e renovável (R$ 209 milhões) e serviços e outros (R$ 53 milhões).
As vendas totais nas áreas de concessão das distribuidoras da CPFL aumentaram 18,1% no primeiro trimestre de 2017 frente à igual período de 2016, totalizando 16.715 GWh. Excluindo a RGE Sul, o grupo apresentou leve aumento de 0,1%, para 14.166 GWh, explicado pela baixa atividade econômica.
Entre as classes de consumo, as concessionárias do grupo registraram crescimento no volume do segmento residencial, comercial e industrial, com variação positiva de 20,2%, 13,9% e 10%, respectivamente. Desconsiderando os volumes adicionados referentes à RGE Sul, houve alta de 1,5% no volume de vendas para os clientes residenciais, ao passo que os segmentos comercial e industrial tiveram queda de 0,7% e 2,2%, respectivamente.
No primeiro trimestre de 2017, os investimentos da CPFL Energia somaram R$ 681 milhões, aumento de 51,6% na comparação com os R$ 449 milhões realizados em igual período de 2016. Do total, R$ 347 milhões foram aplicados no segmento de distribuição, aumento de 67%. Esses recursos foram dedicados à ampliação, ao reforço, à melhoria e à manutenção da rede, à infraestrutura operacional, à modernização dos sistemas de suporte à gestão e operação, além de serviços para o atendimento ao cliente e em projetos de Pesquisa e Desenvolvimento.
No segmento de geração os investimentos totalizaram R$ 283 milhões, aumento de 24,4%. A CPFL Renováveis investiu, principalmente, na implantação do Complexo Eólico Pedra Cheirosa (CE), em fase de construção, e na PCH Boa Vista 2 (MG), que teve as obras iniciadas em fevereiro deste ano.
O grupo encerrou o período com uma alavancagem de 3,3 vezes a relação entre dívida líquida/ebitda e uma posição de caixa de quase R$ 4,8 bilhões, o que representa liquidez de 1,39x em relação aos vencimentos de dívida nos próximos doze meses.
Ao longo de 2017, a CPFL Energia prevê investimentos totais de R$ 2,8 bilhões em seus negócios, o que representa um crescimento de 21% em relação aos R$ 2,3 bilhões aportados em 2016 – sem considerar os montantes comprometidos com a compra da RGE Sul, no valor de R$ 2,8 bilhões. Dividido por segmento de atuação, serão R$ 1,9 bilhão em distribuição, R$ 740 milhões em geração, R$ 87 milhões em comercialização e serviços e outros R$ 48 milhões em transmissão.
Nos próximos cinco anos, até 2021, a meta de investimentos do grupo é de R$ 10,4 bilhões. Deste montante, R$ 9,2 bilhões serão aplicados em distribuição, R$ 1,01 bilhão em geração, R$ 157 milhões em comercialização e serviços e os mesmos R$ 48 milhões em transmissão previstos para esse ano.