A Eletrobras encerrou o primeiro trimestre do ano com lucro líquido de R$ 1,4 bilhão, revertendo o prejuízo de R$ 3,9 bilhões do mesmo período do ano passado, quando fez provisões operacionais de R$ 3 bilhões. O resultado ebitda (antes de juros, impostos, depreciação e amortização) gerencial, ou seja, que excluiu alguns efeitos recorrentes como a alienação da Celg-D ao valor de R$ 1,5 bilhão e outras receitas, somou R$ 1,4 bilhão, uma elevação de 70% na comparação com o mesmo período do ano anterior.

A receita de geração subiu 17,7%, para R$ 5 bilhões. Na transmissão, a elevação foi de 129%, passando de R$ 1,2 bilhão para R$ 2,8 bilhões, enquanto que na distribuição ficou em R$ 2,6 bilhões, variação positiva de 1%. No total a receita bruta alcançou R$ 10,8 bilhões, elevação de 30,7% na comparação entre os meses de janeiro a março de 2016 e 2017. Já a receita operacional líquida da companhia somou R$ 9 bilhões.
O resultado líquido por segmento de atuação foi de lucro de R$ 1,1 bilhão no regime de exploração de geração e de prejuízo de R$ 575 milhões como operador de usinas cotizadas. Em transmissão esses resultados foram invertidos com perdas de R$ 50 milhões e lucro de R$ 895 milhões, respectivamente. Em distribuição o prejuízo acumulado nos três meses ficou em pouco mais de R$ 1 bilhão. Houve ganhos de R$ 1,3 bilhão em administração.
O volume de energia vendida no segmento de geração recuou 3%, caiu de 39,7 TWh para 38,4 TWh. Já a energia vendida pelas distribuidoras apresentou retração de 9%, passando de 4,3 TWh para 3,9 TWh. O maior destaque negativo ficou com a Amazonas Energia onde o volume distribuído recuou de 1,5 TWh para 1,2 TWh.
Os investimentos da empresa somaram R$ 1,2 bilhão, recuo de 47% ante o aplicado nos três primeiros meses do ano passado, que ficou em R$ 2,3 bilhões. Esse montante representa apenas 10,5% do planejado para todo o ano de 2017, previsto em R$ 11,6 bilhões. De janeiro a março foram agregados 101 MW em nova capacidade de geração e 115 quilômetros em linhas de transmissão.
O endividamento da estatal ficou R$ 23,1 bilhões ao final de março sem os recursos da RGR, um recuo de pouco mais de 1% quando comparado ao volume de dividas da companhia no mesmo período do ano anterior. Os financiamentos a pagar somavam em março R$ 42,751 bilhões contra R$ 42,6 bilhões de 2016. O caixa da companhia estava em R$ 7,7 bilhões contra R$ 6,4 bilhões de 2016.