Pelo segundo período consecutivo o Brasil fica em penúltimo lugar em ranking de eficiência energética, atrás somente da Arábia Saudita. Divulgado pelo Conselho Americano para uma Economia Eficiente de Energia, o Scorecard analisou as 23 maiores economias do mundo do ponto de vista de eficiência energética a partir de quatro tópicos principais: esforços nacionais, edificações, industrial e transporte. Para a Associação Brasileira das Empresas de Serviços de Conservação de Energia, o resultado da pesquisa só ressalta a falta de investimentos e o grande potencial de economia do setor elétrico brasileiro.
 
Para o presidente da Abesco, Alexandre Moana, a situação do Brasil fica ainda pior quando comparada com Brics. De acordo com ele, o fato de o Brasil ter ficado atrás, inclusive da África do Sul, só revela o quanto nossa matriz energética é ineficiente. As ações governamentais nas últimas décadas visaram apenas implementações relacionadas à geração de energia. Segundo Moana, o país tem uma das matrizes elétricas mais limpas do mundo, porém com altos níveis de desperdício.
 
Pesquisa realizada pela associação sobre o potencial de eficiência energética no Brasil entre 2008 e 2016 revelou que nos últimos três anos o Brasil desperdiçou 143.647 GWh, ou seja, um potencial de economia de R$ 61,71 bilhões. Segundo o presidente da Abesco, esse montante só não foi maior porque o Brasil entrou em recessão e a produção industrial caiu drasticamente entre 2015 e 2016.