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A disputa entre os sócios do maior empreendimento hidrelétrico do Brasil se tornou pública no início de 2016. A UHE Belo Monte tem aproximadamente 914 MW médios descontratados. Existe uma cláusula no contrato de financiamento com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) que determina que a energia precisa ser vendida por R$ 185/MWh para que possa ser liberado os R$ 2 bilhões restantes do financiamento.
O governo chegou a promover um leilão do tipo A-5 em abril de 2016, permitindo a participação de Belo Monte, porém o preço teto de R$ 115,57/MWh não resolveu o problema.
A Norte Energia, controlador de Belo Monte, é formada por três empresas do Grupo Eletrobras, por dois fundos de previdência (Petros e Funcef), pelas empresas Neoenergia, Cemig/Light, Vale/Cemig, além da Sinobras e da J.Malucelli Energia. Os sócios entendem que é obrigação da Eletrobras comprar essa energia que está descontratada. Porém, assumir essa responsabilidade poderia gerar um ônus para Eletrobras estimado em algo entre R$ 25 bilhões e R$ 30 bilhões, considerando o período de concessão da usina, de acordo com informações passadas pelo ex-conselheiro da Norte Energia, José Aílton Lima.
Apesar do processo de arbitragem, Ferreira disse que tem conversado com os sócios e está otimista de que chegarão a uma solução que agrade a ambos os lados. “A gente conseguiu retomar essas tratativas. Belo Monte entra com energia assegurada em outubro. A partir daí é que o negócio tem que ter uma solução. Vamos resolver isso antes. Estou otimista que vamos resolver isso entre os sócios.”