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O presidente da Eletrobras, Wilson Ferreira Junior, não acredita que a disputa entre outros sócios envolvendo a venda da energia da hidrelétrica de Belo Monte (11.233 MW) será resolvida dentro do processo de arbitragem que tramita há mais de um ano. “O processo de arbitragem continua, mas não acredito que aquilo resolverá o problema. Até porque pode-se chegar a uma conclusão que é impraticável”, disse o executivo à Agência CanalEnergia, após participar de evento em São Paulo nesta segunda-feira, 15 de maio.

A disputa entre os sócios do maior empreendimento hidrelétrico do Brasil se tornou pública no início de 2016. A UHE Belo Monte tem aproximadamente 914 MW médios descontratados. Existe uma cláusula no contrato de financiamento com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) que determina que a energia precisa ser vendida por R$ 185/MWh para que possa ser liberado os R$ 2 bilhões restantes do financiamento.

O governo chegou a promover um leilão do tipo A-5 em abril de 2016, permitindo a participação de Belo Monte, porém o preço teto de R$ 115,57/MWh não resolveu o problema.

A Norte Energia, controlador de Belo Monte, é formada por três empresas do Grupo Eletrobras, por dois fundos de previdência (Petros e Funcef), pelas empresas Neoenergia, Cemig/Light, Vale/Cemig, além da Sinobras e da J.Malucelli Energia. Os sócios entendem que é obrigação da Eletrobras comprar essa energia que está descontratada. Porém, assumir essa responsabilidade poderia gerar um ônus para Eletrobras estimado em algo entre R$ 25 bilhões e R$ 30 bilhões, considerando o período de concessão da usina, de acordo com informações passadas pelo ex-conselheiro da Norte Energia, José Aílton Lima.

Apesar do processo de arbitragem, Ferreira disse que tem conversado com os sócios e está otimista de que chegarão a uma solução que agrade a ambos os lados. “A gente conseguiu retomar essas tratativas. Belo Monte entra com energia assegurada em outubro. A partir daí é que o negócio tem que ter uma solução. Vamos resolver isso antes. Estou otimista que vamos resolver isso entre os sócios.”