A Light encerrou o primeiro trimestre do ano registrando um lucro líquido de R$ 24,6 milhões, acima dos R$ 1,4 milhão verificados no mesmo período do ano passado. A receita operacional líquida da holding nos três primeiros meses deste ano fechou em R$ 2,557 bilhões, acima 12,2% dos R$ 2,279 bilhões contabilizados entre janeiro e março de 2016. O balanço da empresa, divulgado nesta terça-feira (16), mostra ainda um salto de 16,3% no ebitda ajustado (lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização), totalizando R$ 490,8 milhões este ano.
No corte por área de negócio, o segmento de geração foi o que apresentou a melhor performance no trimestre, contabilizando um lucro líquido de R$ 42,7 milhões – contra um prejuízo de R$ 37,1 milhões em 2016. Já a área de distribuição do grupo passou de um lucro líquido de R$ 16,5 milhões no primeiro trimestre do ano passado para um prejuízo de R$ 32,8 milhões este ano. O lucro líquido do segmento de comercialização caiu 18,3% entre os períodos analisados, de R$ 21 milhões para R$ 17,2 milhões.
A empresa apresentou uma piora de R$ 121,8 milhões no resultado financeiro, que fechou o trimestre totalizando R$ 278,3 milhões. Isso decorreu do impacto da variação cambial na despesa de compra de energia de Itaipu, na atualização da CVA e na despesa financeira da dívida em moeda estrangeira. As despesas com PMSO (pessoal, material, serviços e outros) cresceram 24,3% no trimestre, chegando a R$ 261,1 milhões. A rubrica que relativamente mais cresceu neste item foi material, cuja alta, na comparação entre os dois trimestres, foi de 25,7%.
A dívida líquida da concessionária encerrou o primeiro trimestre de 2017 em R$ 6,413 bilhões, um aumento de 3,1% em relação ao saldo apurado em dezembro de 2016. Apesar desta alta, o endividamento bruto se manteve estável, devido principalmente à variação de R$ 213 milhões no saldo de operações de swap. Os investimentos consolidados do grupo no trimestre, incluindo aportes, ficaram em R$ 225,3 milhões, queda de 8,1% em relação ao mesmo trimestre de 2016. A distribuição concentrou 86,4% do montante, com foco em reforços e expansão da rede.
O balanço mostra que o mercado total faturado da distribuidora cresceu 7,5% em relação a janeiro-março de 2016 e alcançou 7.400 GWh, influenciado positivamente pela recuperação de 254 GWh de energia. As classes de consumo residencial, com alta de 16,2%, e industrial, crescendo 4,7%, foram os destaques. Deduzido o impacto da recuperação de energia, o mercado total cresceu 4,3% no trimestre. As perdas totais nos 12 meses findos em março sobre a carga fio chegaram ao patamar de 21,87%, situando-se 1,98 ponto percentual acima do nível regulatório.
A média anual de DEC apurado ao final de março de 2017 no mercado da empresa ficou em 11,51 horas, representando uma melhora de 1,6% em relação ao verificado no final de dezembro último. O índice anual de FEC ao final do primeiro trimestre foi em 6,41 vezes, 1,1% abaixo do índice obtido no final do ano passado. A taxa de arrecadação em 12 meses até março foi de 95,1%, queda de 1,2 p.p. frente ao período findo em dezembro de 2016. A redução foi influenciada pela arrecadação de energia recuperada, que ocorre de forma parcelada.