Os desembolsos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) ao setor elétrico totalizou R$ 4,07 bilhões de janeiro a abril, aumento de 40% na comparação com o mesmo período de 2016, segundo boletim divulgado pelo banco de fomento nesta terça-feira, 16 de maio. As consultas totalizaram R$ 8,1 bilhões, desempenho 6% menor do que foi nos primeiros quatro meses de 2016.

O BNDES explica que os desembolsos são um retrato do passado, uma vez que a tramitação dos pedidos de financiamento direto ao BNDES, apresentados como consultas, pode levar mais de um ano nas fases de enquadramento, aprovação e contratação até se converterem em desembolso. Por isso, não são adequadas comparações entre consultas e desembolsos no mesmo período, por exemplo.
 
Ainda segundo o relatório, o banco aprovou R$ 3 bilhões para o setor de energia elétrica de janeiro a abril deste ano, 16,7% a mais do que foi no mesmo período de 2016. Os enquadramentos também apresentaram desempenho positivo, com crescimento de 40%, totalizando R$ 7,7 bilhões.
 
No total, o BNDES desembolsou R$ 21,38 bilhões nos primeiros quatro meses do ano, considerando todos os setores apoiados pelo banco. O desempenho foi 15% abaixo do que foi no mesmo período de 2016. As consultas somaram R$ 27,47 bilhões, queda de 27%.

Desde o segundo semestre do ano passado, há uma redução no ritmo de queda dos desembolsos do BNDES. Na primeira metade de 2016, as liberações caíram 42% ante o mesmo período do ano anterior. O segundo semestre mostrou retração mais amena, de 28%, também em relação ao mesmo período de 2015. Agora, a queda de 15% nos quatro primeiros meses de 2017 mantém a tendência de desaceleração.

No recorte regional, é possível verificar que a queda dos desembolsos do BNDES no primeiro quadrimestre foi concentrada no Sul (-31%) e Sudeste (-27%). No Centro-Oeste, Norte e Nordeste houve alta expressiva das liberações: 36%, 32% e 14%, respectivamente.