A Associação Brasileira de energia Solar Fotovoltaica projeta que até o final desse ano entre em operação cerca de 1 GW. A entrada do montante contratado em leilões será importante para que seja feito um acompanhamento do desenvolvimento da fonte e no aspecto operacional dos projetos. “Vamos sentir todo o processo da parte prática da obra esse ano e criar um histórico para os próximos leilões”, explicou o presidente executivo da Absolar, Rodrigo Sauaia, que participou nesta quinta-feira, 18 de maio, do Encontro Nacional dos Agentes do Setor Elétrico, no Rio de Janeiro.

Essas usinas que devem entrar em operação esse ano são em sua maioria da Enel Green Power e da Canadian Solar. Ainda de acordo com Sauaia, a inauguração e a operação dessas usinas também vão trazer para o futuro um aprimoramento em quesitos como custos e aumento da eficiência operacional.

Em 2017, a associação tem buscado ir além do setor elétrico e procurou visitar outros setores, como construção civil, arquitetura e saúde, que podem ter atuação relacionada com a fonte solar. A intenção foi mostrar a potencialidade da energia solar e o seu uso de modo transversal.

Sauaia lamentou o cancelamento do leilão de reserva de 2016. Segundo ele, foram R$ 9 bilhões que deixaram de ser investidos e 30 mil empregos não foram criados. Ele alertou que apesar de em 2017 e 2018 haver entrega de energia solar, há um vazio para 2019. “Deve haver planejamento para entrar projetos”, avisa. A necessidade da realização de um leilão de reserva existe para Sauaia, que viria para substituir a energia cara que está sendo gerada.

Outra queixa colocada por Sauaia foi a de que nem todos os estados aderiram ao convênio do conselho de política fazendária, que permite a celebração do mútuo entre o consumidor e a distribuidora, impedindo a cobrança de ICMS.