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O Rio de Janeiro, seguido de Mato Grosso e Tocantins, é o estado mais atrativo do país para consumidores com carga maior ou igual a 500 kW migrarem para o mercado livre contratando apenas fontes renováveis, entre as quais eólica e solar, revela monitoramento mensal realizado pela empresa de comercialização FDR Energia. O trabalho compara as tarifas das concessionárias de energia elétrica do país – exceto as de Roraima, que não é do SIN – com os preços dos contratos dos clientes da FDR para energia incentivada com 50% de desconto na TUSD no próximo ano.
O estudo é divulgado publicamente pela primeira vez, mas vem sendo elaborado há meses pela FDR. Ele adota como parâmetro um índice criado pela própria comercializadora, dentro qual “0” representa nenhuma atratividade na migração para o mercado livre e “1” atratividade máxima. Nessa escala proposta, concessionárias e estados com nota abaixo de 0,4 se mostram financeiramente inviáveis para atrair novos clientes para o ambiente de contratação livre. O modelo é semelhante ao Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), utilizado pelas Nações Unidas.
No levantamento, que cobre o período de janeiro a maio deste ano, o índice de atratividade ficou em 0,494, valor 5% menor que a nota registrada em abril, quando alcançou 0,520. Na média das notas das três concessionárias que atendem ao estado (Light, Enel e Energisa), o Rio de Janeiro alcançou a maior nota entre as UFs, com 0,611, seguido de Mato Grosso (0,596), Tocantins (0,554), Mato Grosso do Sul (0,545) e Espírito Santo (0,536). Apenas Alagoas, Piauí, Acre e Amapá registraram notas abaixo de 0,4, mostrando inviabilidade na contratação de fontes renováveis no mercado livre.
De acordo com o consultor em energia Erick Azevedo, além de mostrar comparativamente em quais concessionárias e estados do país a chamada energia incentivada e a migração entre mercados são mais vantajosas, o índice serve de parâmetro para consumidores com poucas informações sobre o tema. “De modo geral, o consumidor apto a migrar para o mercado livre tem dificuldades de fazer a conta econômica e averiguar se vale a pena ou não deixar o ambiente regulado. Esse índice pode ser um balizamento interessante para a tomada de decisão”, explica o especialista.