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O presidente da Eletrobras, Wilson Ferreira Júnior, disse nesta terça-feira, 23 de maio, que a orientação do governo é de continuidade da agenda de trabalho para a recuperação das estatais. Tanto é assim que a empresa iniciou um programa de aposentadoria voluntária como uma das iniciativas de redução de custos da empresa. Outro processo que continua é o de promover as desmobilizações por meio de vendas de ativos.
“Não há o comprometimento da agenda de privatizações e de venda de ativos da empresa. O que preocupa não é o prazo, mas o ambiente econômico”, comentou ele a jornalistas após a sua participação no evento de comemoração do centenário do curso de engenharia elétrica da Universidade Presbiteriana Mackenzie. Ele relatou que na quarta-feira da semana passada ele estava em Nova Iorque, conversando com investidores e havia otimismo acerca da recuperação do país. Já no dia seguinte, logo após as primeiras informações da delação da JBS, o clima era de preocupação com o risco político.
Esse receio, continuou ele, foi refletido no valor das ações da empresa como um efeito natural dessas incertezas. Isso porque não somente a Eletrobras, mas o segmento de estatais está sujeito a essas variações mais do que o setor privado. Contudo, já houve uma leve recuperação a despeito desse risco político que passa por uma eventual não continuidade de um projeto de desenvolvimento do setor elétrico, pois há uma chance de que o ministro possa não ficar no cargo.
Apesar disso, assegurou o executivo, o processo de saneamento da Eletrobras continua. Ele destacou que mesmo com o atual ambiente há interessados no ativos a serem vendidos. “Nossos ativos são operacionais, que têm geração de caixa e já estão financiados, esses ativos são interessantes”, comentou.
Ferreira Júnior avalia que o ministro e a sua equipe são importantes para o processo que está em andamento. Lembra que Fernando Coelho Filho possui importância nessa agenda, pois apresenta uma liderança política e a integração com os agentes, bem como boas ideias para o processo. Ele baseia essa sua análise, no resultado que o setor elétrico vem apresentando, é neste que se registraram as maiores recuperações de valor de mercado.
“A Eletrobras é o maior sintoma dos problemas estruturais e regulatórios do setor e de suas soluções como a que tivemos por meio da MP 735”, disse. “A revalorização do valor das empresas reflete o quão acertadas foram as ações desse governo”, defende. E finalizou o afirmar que seu mandato como presidente da estatal vai até abril de 2019 e que qualquer eventual mudança no comando da Eletrobras caso mude a liderança no MME é possível, mas que não há qualquer movimento de mudança nesse sentido.