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Os órgãos responsáveis pelo monitoramento do comportamento do mercado de eletricidade no país elevaram a estimativa de demanda de energia elétrica em 2017 no Brasil. De acordo com a primeira revisão quadrimestral da projeção de consumo e carga entre 2017 e 2021, elaborada por EPE, ONS e CCEE, o consumo nacional este ano fechará em 467.207 GWh, acima dos 465.496 GWh projetados inicialmente em janeiro. Agora, a expectativa para 2018 é de um consumo de 481.470 GWh, contra 479.250 GWh na primeira projeção, enquanto a perspectiva de demanda para 2021 é de 537.485 GWh.
De acordo com as entidades, as alterações na projeção de consumo ocorreram em função da revisão do cenário econômico, em especial dos anos de 2017 e 2018. “Espera-se que o crescimento ao longo dos trimestres superará o efeito negativo do carregamento estatístico de 2016, resultando na manutenção da previsão de crescimento do PIB de 0,5% em 2017”, diz o texto do documento divulgado na última segunda-feira (22). Até mesmo a liberação das contas inativas do FGTS é vista como um impacto positivo no consumo. A projeção do PIB para 2018 é de 2,0%.
Na projeção de consumo de eletricidade por classe este ano, a revisão aponta para uma demanda industrial de 166.467 GWh este ano, o equivalente a uma participação de 35,6% do mercado nacional. Já o segmento residencial deverá consumir 134.803 GWh em 2017, de acordo com a primeira revisão quadrimestral, o que equivale a uma fatia de 28,9% da demanda do país. A representatividade da classe comercial este ano é prevista agora em 19,2%, com consumo de 89.535 GWh. No corte por subsistema, a demanda estimada para o Sudeste/Centro-Oeste em 2017 é de 272.843 GWh.
Além do consumo, EPE, ONS e CCEE atualizaram, ainda que residualmente, em torno de 0,5%, a projeção de carga para o ano no Sistema Interligado Nacional. O acréscimo entre a primeira estimativa para o ano de 2017 e a de agora foi de 288 MWmédios, totalizando uma carga em 66.376 MWmédios entre janeiro e dezembro – em 2018, a projeção atualizada é de 68.403 MWmédios, acima 402 MWmédios da projeção anterior. As projeções de carga contemplam a incorporação de perdas técnicas e não técnicas, que para este ano de 2017 deverão ficar em 19,6%, em média, no SIN.