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O ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho, admitiu após participar em Brasilia da abertura de seminário sobre biodiesel, que o apoio do setor privado foi fundamental em sua decisão de permanecer no ministério. Ele destacou, porém, que em primeiro lugar trata-se de uma questão de lealdade ao presidente Michel Temer, alvo da Operação Lava Jato ao ser citado na delação premiada de executivos do grupo JBS.
“Tivemos e temos o apoio do setor produtivo todo. Da área de energia, de petróleo e gás, de biocombustível, mineração, para que a gente possa continuar com esse trabalho. A gente está apenas na metade de tudo o que projetou, planejou. Diversos investimentos estão engatinhado para acontecer nos próximos meses”, justificou o ministro. Depois de receber o apoio do Fórum das Associações do Setor Elétrico na segunda-feira, 22 de maio, Coelho teve uma nova demonstração de solidariedade do mercado, dessa vez do setor de biocombustíveis. Ele foi homenageado nesta quarta-feira, 24, por dirigentes da União Brasileira do Biodiesel e do Bioquerosene – a Ubrabio.
Para o ministro, a permanência é também uma forma de “não contribuir para uma desestabilização ainda maior do cenário politico.” Ele disse que comunicou a decisão a Temer e ao partido, o PSB, depois de ter conversado com muita gente; que respeita a posição do partido de deixar a base de sustentação do governo, “mas essa é uma decisão de foro pessoal.”
Perguntado sobre qual será o próximo passo, agora que oficialmente teria que sair do PSB, Coelho respondeu: “Um dia de cada vez. Eu vou continuar tocando o meu trabalho no ministério e não vou fazer disso – já disse ao presidente do meu partido – um cavalo de batalha. Espero que entendam a minha situação e, da formação familiar que eu tenho, não poderia ter outra postura que não fosse de correção. Dai em diante só o tempo vai dizer o que vai acontecer.” Sobre se teria recebido alguma sondagem de outra legenda, ele riu e respondeu que não, porque está muito ocupado trabalhando.