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As chuvas registradas no Sul e no Sudeste no último final de semana apresentaram o potencial de reduzir as projeções de PLD para o início de junho da casa de R$ 400/MWh para R$ 187/MWh. As afluências para esses mercados aumentaram e deverão levar a Energia Natural Afluente desses dois submercados para valores próximos da média histórica. Essas projeções foram apresentadas pela Capitale Energia, e aponta a perspectiva de que a operação de junho apresente um início mais otimista.
Contudo, afirmou a comercializadora, a tendência é de que no decorrer do mês que vem os valores de PLD voltem a se elevar e as afluências a recuar ante a previsão inicial uma vez que estamos no período seco. Mas destacou que esse mesmo fenômeno climático que proporcionou chuvas mais intensas, principalmente nas bacias do Tietê e do Paranapanema poderá ser novamente verificado em julho.
“A previsão de ENA para a entrada de junho está em torno de 42 mil MW médios no Sudeste o que dá 108% da MLT, no Sul a nossa projeção é de 114% da média, no NE em 32% e no Norte em 69%”, indicou o especialista em Research da Capitale Energia, Robert Vieira, em evento realizado na sede da Única nesta quarta-feira, 24 de maio. “Nossa projeção de PLD é de R$ 187/MWh em todo o país em decorrência do evento de ocorrência de chuvas do último final de semana”, acrescentou.
Apesar das chuvas não ocorrerem na bacia do Grande e do Paranaíba, que concentram as maiores capacidades de armazenamento do país, a ocorrência nas bacias do Tietê e Paranapanema foram importantes por conta da cascata de usinas que se seguem. Ambas são importantes em termos de capacidade de geração que acabam chegando até Itaipu. Com isso, comentou há a priorização da operação dessas usinas a fio d’água enquanto se busca o replecionamento dos reservatórios ao gerar menos onde não há hidrologia tão favorável.
Mesmo com esse cenário de alívio momentâneo, a comercializadora não acredita que redução do nível de bandeira tarifária. Um dos motivos é a situação do Nordeste que continua crítica, embora haja uma perspectiva de incremento da geração das eólicas.