A média do Preço de Liquidação de Diferenças (PLD) para este ano no submercado Sudeste/Centro-Oeste, o mais representativo para o país, caiu de R$ 354/MWh para R$ 263/MWh, representando uma variação negativa de 25,71%. A tendência geral do PLD também caiu: antes estimada entre R$ 400/MWh e R$ 500/MWh, passando para o intervalo de R$ 200/MWh a R$ 300/MWh para o restante do ano.
A redução dos preços da energia elétrica no mercado de curto prazo ocorreu em função de uma reversão inesperada da expectativa de afluências ao longo de maio, bem como a realização da carga nacional abaixo do previsto, informou a Câmara de Comercialização de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE).
“Essa melhora da precipitação de maio também repercutiu nas nossas previsões dos próximos meses do PLD”, disse Rodrigo Sacchi, gerente de Preços da CCEE, durante evento realizado nesta segunda-feira, 29.
CCEE espera impacto de R$ 20,9 bilhões em função da aplicação do GSF
Inicialmente, a CCEE estimava que neste mês a Energia Natural Afluente (ENAs) ficaria em 80% no Sudeste, 79% no Sul, 25% no Nordeste e 76% no Norte. Porém, o que se verificou em maio foi 101% no Sudeste, 133% no Sul, 42% no Nordeste e 61% no Norte.
Como o modelo de previsão é regressivo (olha para o passado para prever o futuro), a previsão para junho também ficou mais otimista. Espera-se que as afluências fiquem em 103% no Sudeste, 116% no Sul, 42% no Nordeste e 69% no Norte.
O fator de ajuste do Mecanismos de Realocação de Energia (MRE) está previsto em 85,2% para 2017, ante uma previsão de 80,9%. Com isso, a CCEE espera um impacto de R$ 20,9 bilhões em função da aplicação do GSF para o ano, sendo R$ 14,2 bilhões alocado para os agentes do mercado regulado e R$ 6,7 bilhões para os agentes do mercado livre. “O impacto financeiro para os agentes dependerá da estratégia contratual de cada participante do MRE”, ponderou Sacchi.