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O perfil dos investidores em energia eólica no Brasil tende a mudar. A necessidade de realização de aporte intensivo de capital, perspectivas de mudanças no BNDES para a concessão de financiamentos e a necessidade de empreendedores brasileiros em vender ativos estão entre os motivos que apontam para a direção de uma maior participação de estrangeiros nesse campo de atuação. E o setor elétrico é um dos preferidos de grandes investidores que buscam posicionar-se em segmentos considerados defensivos em estratégias de investimentos.

Segundo análise de Gustavo Miranda, executivo do Banco Santander que atua em Corporate Finance no segmento de energia, o Brasil é o país que tem o potencial de atrair investidores por sua escala. “Há capital para vir e de longo prazo que quer entrar no setor. Precisamos de regras claras e um caminho para baixar o custo de capital. São raros os países com investimentos em escala e retorno interessante e que estão protegidos de inflação, não há muitas assim pelo mundo. O Brasil é um país com escala para atrair investimentos”, definiu.

E essa atratividade, comentou, pode ser atestada com base nas mais recentes operações de fusão e aquisição locais que envolveram diversas empresas estrangeiras, principalmente da China, Estados Unidos e Europeias, estas últimas, tradicionais e que conhecem as particularidades de atuar por aqui. “O perfil dos investidores no Brasil tende a mudar e isso é natural, antes eram estatais com participação relevante e empreendedores que não são capitalizados que faziam um modelo de negocio ganhavam o PPA e depois faziam o repasse do projeto no meio do caminho”, relatou.

Empresas brasileiras somente as ligadas a grandes grupos. O movimento  de fusões e aquisições vem sendo feito com grande participação de fundos como minoritários. Ele lembrou até mesmo as operações que a Casa dos Ventos realizou mais recentemente com a britânica Actis, assessorada pelo próprio Santander, e a venda ainda no inicio de 2016 de um projeto para a Cubico, formada por empresas dessa natureza. Outra frente é das empresas europeias com grande tradição em investimentos no setor de energia, pois são grupos capitalizados e com uma facilidade a mais, por atuarem localmente e conhecerem as questões específicas de investimentos no Brasil. “É natural que comecem a ser mais ativos do que os players nacionais e isso vai mudando o perfil com mais estrangeiros por conta do capital”, disse Miranda.