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Aquecido durante anos de forte expansão e grandes investimentos, o mercado de energia eólica no Brasil deverá sofrer uma retração vertiginosa a partir de 2019, em função da queda na demanda por eletricidade e da interrupção dos leilões de contratação de novos projetos. A indicação consta do “Latin America Wind Power Outlook 2017”, relatório anual com análises do mercado eólicos nas Américas do Sul e Central e no Caribe, lançado pela consultoria Make.
O estudo cita ainda os impactos do clima político e da instabilidade econômica no revés apontado para o mercado brasileiro dentro de dois anos. O relatório cita que 2016 permaneceu como um bom ano para a indústria de energia eólica no Brasil, com a conexão de mais de 2,5 GW de nova capacidade, superando a marca dos 2,4 GW agregados ao Sistema Interligado Nacional por três anos consecutivos.
“Pela primeira vez, desde que a tecnologia começou a concorrer em leilão em 2009, os investidores não conseguiram assinar novos contratos de energia eólica em leilão em 2016”, descreve o texto, para logo após afirmar que, como consequência disso, o mercado brasileiro de energia eólica diminuirá, com novas instalações apresentando menos de metade do tamanho do que tinham, em média, entre os anos de 2014 e 2016.
O “Latin America Wind Power Outlook 2017” projeta que a capacidade eólica na região do Cone Sul, América Central e Caribe irá crescer em 47 GW entre 2017 e 2026, com os mercados do México, da Argentina e do Chile compensando o declínio do mercado do Brasil.
Leilões de longo prazo implementados pelo governo mexicano garantirão a manutenção de 35% de energia renovável na matriz do país, garantindo a contratação de 1,4 GW no ano passado a um preço médio de US$ 32/MWh. Também através de leilões, os mercados do Chile e da Argentina conseguiram, juntos, a contratação de 3,5 GW de energia eólica no ano passado. Peru e Colômbia têm bons potenciais de mercado para os próximos anos.