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O aumento dos investimentos na oferta de geração em larga escala, em novas fontes de energia e na integração regional são pontos considerados fundamentais para que América Latina e Caribe elevem o potencial econômico da região. A conclusão está no relatório “Cenários Energéticos da América Latina e do Caribe até 2060”, elaborado conjuntamente por Conselho Mundial de Energia, Banco de Desenvolvimento de América Latina (CAF), Eletrobras e Unidade de Planejamento Minero Energético, do Peru, e lançado nesta quarta-feira (31) em Lima.
O estudo apresenta três diferentes cenários exploratórios, a partir da indicação, por parte do Conselho Mundial de Energia, de que apenas a construção de um sistema eficaz e abrangente de governança regional e internacional suportará um crescimento econômico sustentável médio de 2,7% para a América Latina e o Caribe até o ano de 2060. Todas as projeções contidas no estudo apontam para a necessidade de fortes políticas coletivas de mudanças climáticas, além da integração regional dos sistemas energéticos.
O relatório também destaca novas oportunidades para fontes como eólica, solar, geotérmica, biocombustíveis e gás natural. Embora fontes consideradas alternativas como o vento, a solar e a geotermia ainda representem apenas cerca de 2% da geração de eletricidade da América Latina – em comparação com uma média mundial de 4% –, o “Cenários da ALC 2060” mostra que essa parcela crescerá rapidamente entre 2030 e 2060. No caso do Brasil, estima-se uma fatia de 20% de geração proveniente de energia eólica e solar em 2060.
Nas próximas décadas, de acordo com o estudo, os governos latino-americanos e caribenhos precisarão fazer investimentos maciços em infraestrutura para promover o crescimento econômico nas áreas urbanas. As decisões tomadas pelos governos sobre questões como as reformas estruturais e a participação do setor privado desempenharão um papel crucial na determinação das fontes de financiamento e dos montantes totais disponíveis para a realização desses investimentos.
Os cenários de projeção de desenvolvimento energético na região contidos no estudo foram batizados de “Samba”, “Tango” e “Rock”, cada um apresentando uma trajetória distinta para o setor de energia até 2060. Todas elas identificam áreas-chave de ação na área energética, entre as quais diretivas de políticas governamentais, novas oportunidades de energia, políticas relacionadas ao clima e a necessidade de gerenciamento de macro riscos.