A Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano (CDHU) de São Paulo abriu licitação para a construção de um edifício com geração de energia elétrica própria. O residencial será construído em Aparecida, região de São José dos Campos, e terá 62 moradias para famílias de baixa renda. Por meio de placas solares fotovoltaicas, o prédio irá produzir energia a partir da luz solar e o valor correspondente será oferecido como desconto na conta de luz dos futuros moradores.
“O Governo de São Paulo sempre esteve na dianteira de inovações para moradias de interesse social. A CDHU, em seus mais de 50 anos, já fez isso com os aquecedores solares para água de chuveiro, individualização da medição de água e agora vamos fazer isso com a energia fotovoltaica”, diz o secretário estadual da Habitação, Rodrigo Garcia.
A iniciativa é resultado da experiência-piloto que a companhia vem implantando desde o começo do ano e que já foi instalada em 26 moradias pelo interior do estado. A ideia é ter uma pequena geração de energia limpa e também compensar na conta da rede de energia elétrica.
A energia não fica acumulada, mas é utilizada no consumo geral da moradia. O excedente será transferido para a rede de distribuição. Por isso, o relógio de energia gira para dois lados, que podem registrar consumo ou geração de energia.
A previsão é que a construtora responsável seja selecionada e o contrato assinado até setembro deste ano. O início da construção do “Conjunto Habitacional Aparecida B” está previsto para começar a partir de novembro, com investimento na ordem de R$ 9,3 milhões e geração de 50 kWh (quilowatt-hora)/mês, por habitação, o que representa cerca de R$ 30 de economia na conta mensal de cada família.
Serão 152 módulos de placas fotovoltaicas no telhado dos quatro blocos, que irão gerar em torno de 4.760 KWh/mês. A energia será destinada principalmente às áreas comuns, como estacionamento, espaços de circulação entre o condomínio e hall das escadas e as moradias.