O governo avalia que  terá de recorrer a capital estrangeiro para concluir as obras da usina nuclear de Angra 3, que estão paralisadas desde 2015. A situação do empreendimento será analisada pelo Conselho Nacional de Política Energética, em reunião marcada para a próxima quinta-feira, 8 de junho.

A primeira opção seria a contratação de financiamento e, se ele não for suficiente,  a entrada de um parceiro minoritário. “Angra 3 tem um orçamento fechado. Vai precisar de capital, e é possível que a Eletrobras não tenha recursos para colocar na empresa. É certo que não teremos financiadores no Brasil para financiar a conclusão dessa usina,  e teremos que pensar em financiamento de estrangeiros. Dependendo do que for colocado, o quando eles podem financiar. Talvez de investidores também estrangeiros”,  explicou o presidente da estatal, Wilson Ferreira Júnior, após participar nesta segunda-feira, 5, da cerimônia de entrega de um veículo elétrico de Itaipu ao ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho.

Ferreira Júnior lembrou que a lei não permite a operação de usinas nucleares no Brasil por empresas privadas ou por empresas públicas de outros países. Com isso, um eventual parceiro terá participação financeira e a operação será integralmente  delegada à Eletronuclear, que já opera Angra 1 e 2. A central nuclear Angra 3 tinha custo estimado em R$ 8,3 bilhões, mas o valor previsto para a conclusão já chega a R$ 17 bilhões.