Usinas da Petrobras podem entrar no plano de desinvestimento

Apesar de ainda não haver uma definição sobre os ativos que integrarão o programa de parcerias e desinvestimentos, a Petrobras pode incluir nesse grupo o seu parque de geração termelétricas e em outras fontes que reúne 6 GW em capacidade instalada. A meta global da companhia é de obter até US$ 21 bilhões no biênio 2017 e 2018 em uma série de iniciativas. As únicas que já foram indicadas até o momento foram as refinarias de Pasadena e a participação da empresa na África.

“Estamos modelando o negócio e acompanhando o novo contorno regulatório até que haja maturidade suficiente no negócio para estarmos indo ao mercado”, afirmou o diretor de Refino e Gás Natural, Jorge Celestino, nesta segunda-feira, 5 de junho, após encontro da Petrobras com investidores na B3 (antiga BM&FBovespa). Ele disse que a empresa participa das discussões acerca do marco regulatório do Gás para Crescer e que essa modelagem ainda dependa da nova regulamentação do setor de gás natural.

Com a recente aprovação da metodologia de avaliação de desinvestimentos por parte do Tribunal de Contas da União, a estatal espera apresentar em cerca de 3 meses os teasers – que envolve os projetos para desinvestimento e critérios de seleção de projetos a serem apresentados ao mercado. “Até o final do ano serão 30 oportunidades de parcerias e desinvestimentos, metade deveremos ter os teasers nos próximos três meses”, comentou o presidente da companhia, Pedro Parente.

O diretor Financeiro e de Relações com Investidores da empresa, Ivan Monteiro, lembrou que a companhia vem dedicando um tempo maior para a estruturação dos ativos. Ele comentou ainda que o mercado às vezes indica coisas diferentes do que a empresa imagina em termos de venda, e, por outro lado, ainda existem coisas mais óbvias de vendas de ativos da empresa. Por isso que o grupo de ativos ainda não foi definido, o grupo de ativos à venda ainda precisa ser aprovado pela diretoria e pelo conselho de administração da companhia.