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O Ministério de Minas e Energia discute opções para evitar que atrasos no cronograma de implantação de uma linha de transmissão da Abengoa atrapalhe o escoamento da energia de Belo Monte em 2018. Uma decisão judicial dentro do processo de recuperação da empresa impediu a Agência Nacional de Energia Elétrica de concluir o processo de caducidade da concessão do empreendimento, e agora o governo corre contra o tempo para evitar problemas com a  entrada de oitava unidade geradora da usina em fevereiro do ano que vem.

“A obra vem acontecendo. Nós ainda não temos problema no escoamento. É possível que isso possa acontecer a partir de 2018. Nós estamos correndo para poder encontrar uma solução”, afirmou o ministro  Fernando Coelho, após audiência pública na Comissão de Infraestrutura do Senado. Ele admitiu que mesmo que a decisão da justiça seja suspensa não haverá tempo hábil para concluir a linha. “Estamos  pensando em outras alternativas”, disse.

Em março desse ano, o Tribunal de Contas da União aprovou a abertura de processo de fiscalização  para avaliar a atuação do MME e da Aneel na redução dos riscos de descasamento entre o calendário de geração de Belo Monte e as obras de transmissão. O TCU calculou  que atrasos nas obras poderiam gerar impactos tarifários para o consumidor de até R$ 200 milhões já no fim de 2017.