Os acionistas da Neoenergia – Iberdrola (39%), Caixa de Previdência dos Funcionários do Banco de Brasil (Previ) (49%) e BB Banco de Investimento (Banco de Brasil) (12%) – chegaram a um acordo pelo qual a companhia incorporará a atividade e os negócios da Elektro, subsdiária brasileira da Iberdrola. A empresa consolidada reunirá 13,4 milhões de unidades consumidoras.
Essa é uma estratégia global da empresa espanhola, que tem entre seus principais mercados, além do Brasil, Estados Unidos e México nas Américas, bem como Alemanha e Espanha, na Europa. O presidente da Iberdrola, Ignacio Galán, ressaltou em comunicado que “graças ao acordo com os nossos sócios Previ e Banco do Brasil, cria-se a maior empresa elétrica do Brasil e da América Latina, o que reforça o nosso compromisso de contribuir para o desenvolvimento energético brasileiro”. E ainda que “a integração da Elektro à Neoenergia corresponde, do mesmo modo, aos objetivos estipulados nas Perspectivas Estratégicas 2016-2020 da Iberdrola: apostar nos negócios regulados e estáveis, assim como consolidar e controlar a gestão da nossa atividade no Brasil”.
A nova empresa reunirá os ativos de distribuição, transmissão, geração e comercialização de eletricidade da Neoenergia e da Elektro, e passa a ter seguinte disposição de capital social Iberdrola com 52,45% Iberdrola, Previ com 38,21%, Previ e BB com 9,35%. Além disso foram colocadas as bases e o compromisso da Iberdrola de que a companhia possa abrir capital na Bolsa quando a Previ e o Banco do Brasil considerarem oportuno.
A transação sera feita com o aumento de capital a ser subscrito pela Iberdrola e terá como contrapartida os ativos da Elektro que é controlada em 99,99% pela espanhola. Como resultado houve nova celebração de um acordo de acionistas em substituição ao de 2005. Os próximos passos incluem a aprovação da operação pelos acionistas da Neoenergia e da Elektro, bem como o Cade e Aneel.
Ao ser consolidada a nova empresa reunirá as distribuidoras Cosern, Celpe, Coelba e Elektro com uma rede de distribuição de 585 mil quilômetros, área de concessão de 836 mil qulômetros quadrados, onde estão 43 milhões de pessoas. A nova Neoenergia passa a ter uma base de ativos regulatorios de 3,657 bilhões de euros. O resultado ebitda (antes de juros, impostos, depreciação e amortização) das empresas consolidadas em 2016 teria sido de 934 milhões de euros e receita de 7,935 bilhões de euros.
Antes desse acordo a Neoenergia era composto por Previ (49%), Iberdrola (39%) e Banco do Brasil (12%).E ainda metade da joint venture Força Eólica do Brasil, em sociedade com a Elektro, para o desenvolvimento e operação de parques eólicos.