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O governo avalia a necessidade de contratação de termelétricas a gás em leilão no segundo semestre de 2017, para garantir a segurança do abastecimento nas regiões Nordeste e Sudeste. O assunto chegou a ser discutido na reunião semestral do Conselho Nacional de Política Energética, que aconteceu no Ministério de Minas e Energia nesta quinta-feira, 8 de junho. O grosso da pauta foi petróleo e combustíveis, mas autoridades e técnicos presentes também discutiram o agravamento da situação hídrica do Nordeste.
A intenção de realizar um leilão de reserva e de um A-5 já havia sido anunciada pelo ministério. A eventual promoção de um certame regionalizado para a contratação de energia de base passou a ser cogitada, segundo apurou a Agência CanalEnergia, a partir da leitura de que se houver a retomada do crescimento econômico o Sudeste não vai poder suprir a energia que abastece hoje o Nordeste.
O MME tem acompanhado a situação hidrológica na região, e a avaliação é de que será necessário ter uma alternativa de geração firme, já que os reservatórios das usinas do rio São Francisco não estão em condições de suportar tanto a intermitência das fontes renováveis quanto a necessidade de carga. Estudos ainda estão em andamento, mas a percepção é de que melhor escolha seriam térmicas a gás, mais limpas e mais baratas que outras fontes de energia fóssil.
Para que a decisão seja tomada, algumas soluções terão de ser desenhadas previamente. Já existe uma térmica licitada em Sergipe, para a qual se estuda a questão do abastecimento de combustível, e o terminal de regaseificação de Gás Natural Liquefeito no porto de Pecém, no Ceará. Os estudos ainda vão definir de que forma as ações do programa Gás para Crescer entram na equação, que pode incluir a necessidade até mesmo de um outro terminal para importação e processamento de GNL. Há também a definição da localização das usinas.
Outra questão que ainda será decidida é se será haverá a contratação de energia de fontes renováveis apenas em leilão de reserva. Não se descarta que essas fontes entrem na expansão, por causa da descontratação de parte dos excedentes das distribuidoras.