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A Fitch Ratings atribuiu, na última quinta-feira, 8 de junho, o Rating Nacional de Longo Prazo ‘AA(bra)’ à proposta de sétima emissão de debêntures da CPFL Energias Renováveis S.A, da espécie quirografária, no montante de até R$ 250 milhões. A emissão proposta será realizada em duas séries, sendo a primeira com vencimento final em 2022 e a segunda, em 2024, e contará com cláusulas de cross default entre a emissora e a CPFL Energia. Os recursos levantados serão utilizados no desenvolvimento de projetos de investimento da distribuidora.
Os ratings das empresas do grupo CPFL refletem sua forte posição de mercado, sendo que sua relevante base de ativos de distribuição e geração de energia elétrica contribui para a maior diversificação da adequada geração de caixa operacional e para a diluição de riscos operacionais, mais presentes no segmento de distribuição. A avaliação também incorpora a expectativa de que o grupo conseguirá gerenciar um esperado fluxo de caixa livre (FCF) negativo nos próximos dois anos, tendo em vista sua robusta posição de liquidez e a satisfatória flexibilidade financeira demonstradas em condições adversas de mercado. A Fitch crê em uma gradual redução da alavancagem financeira líquida, que se encontra moderadamente elevada para o rating atribuído. Os ratings consideram também um risco regulatório moderado do setor elétrico brasileiro.
A expectativa da agência é de que a empresa apresente alavancagem, medida por dívida líquida ajustada/EBITDA, de 3,6 vezes em 2017, com redução para 3,3 vezes em 2018. Estas expectativas assumem EBITDA de R$4,5 bilhões e de R$4,9 bilhões, nos respectivos períodos. A ideia é que a margem média de EBITDA seja de 64% no segmento de geração, de 2017 a 2019.
A Fitch considera positiva a expansão das atividades da CPFL no segmento de geração de energia, que representou 44% do EBITDA consolidado no primeiro trimestre de 2017. A CPFL. Energia se beneficia da relevante capacidade instalada de 3.258 MW, proporcional à sua participação, proveniente de suas várias usinas de geração convencional (2.198 MW) e renováveis (1.060 MW).
Mesmo com a expectativa de crescimento do consumo de energia nos próximos anos, o grupo terá que administrar seu volume de contratação de energia em suas distribuidoras na faixa de 100% a 105% da demanda prevista nos próximos anos, utilizando-se dos mecanismos disponibilizados pelo regulador, de forma a evitar impactos negativos no fluxo de caixa. A Fitch também continuará monitorando possíveis pressões sobre os níveis de perda e de inadimplência no segmento de distribuição, tendo em vista o atual cenário macroeconômico ainda desafiador. A maioria das distribuidoras do grupo CPFL tem apresentado perdas acima dos limites regulatórios reconhecidos em suas tarifas.
Em bases isoladas, a agência entende que a distribuidora apresenta perfil de negócios mais arriscado do que o refletido no rating. Seu portfólio de ativos operacionais, com capacidade total contratada de 2.129 MW, apresenta recente histórico de desempenho. Positivamente, a companhia possui baixa exposição a projetos em construção, com aproximadamente 96% de sua capacidade instalada projetada já em operação.