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Na busca por mapear seu potencial e consolidar mais informações sobre a fonte, o estado do Tocantins deu a largada para a produção do seu atlas solarimétrico. Na última semana, a ordem de serviço foi assinada pela Secretária do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos, Meire Carreira. Com investimentos de R$ 870 mil, o mapeamento será realizado pelo consórcio ganhador da licitação, formado pelas empresas internacionais Nixus, IrSOLaV e STA. De acordo com a secretária, o atlas vem no intuito de fornecer uma base de dados sólida para impulsionar investimentos no estado. “O atlas vem com o objetivo de dar uma condição técnica, até mais estratégica para o estado de atrair grandes empresas de geração de energia solar”, explica.
A secretária do Tocantins conta que o mapeamento vem na esteira de um programa estadual de incentivo à geração e ao uso de energia solar, o Prosolar. A lei que criou o programa trouxe incentivos, como o que concede isenção de impostos na compra de equipamentos para empresas que vão se instalar no estado e o que isenta de ICMS a operação de compensação de energia da geração distribuída. O Prosolar também determina que o estado tenha a responsabilidade de agir como indutor na aplicação de energias renováveis. Essa indução poderia vir na instalação de sistemas nos equipamentos públicos, como escolas e hospitais. Os recursos para o atlas virão de convênio firmado com o Banco Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento, além de financiamento do Projeto de Desenvolvimento Regional Integrado e Sustentável do Tocantins.
O retrato atual da fonte no estado ainda é muito embrionário. Dados da Agência Nacional de Energia Elétrica mostram que o Tocantins possui apenas 62 conexões de geração distribuída solar, com 68 unidades recebendo créditos. A potência no estado é de 370,11 kW. Mas é na geração centralizada que estão as apostas para os maiores investimentos. Segundo Meire Carreira, em 2015, dois projetos chegaram a ser inscritos em leilões, mas não foram viabilizados. Levantamento prévio cogita que o estado teria um alto potencial solar, o que só será confirmado quando o atlas estiver pronto, daqui a 240 dias. Ela aposta que o fato do Tocantins não sofrer problemas de restrição na transmissão de energia, pode torná-lo mais competitivo nos próximos certames. “Essas informações é que vão impulsionar o mercado estadual de energia solar”, avisa.
A escolha dos vencedores se deu pela experiência em projetos específicos envolvendo tecnologias, mapeamento e atlas solares; pesquisas e estudos de mercado na área solar; além de experiência em medições e suprimento e auditoria em plantas solares. Nos últimos anos, outros estados como São Paulo e Minas Gerais produziram atlas energéticos mapeando os seus potencias. Recentemente, foi a vez do Rio de Janeiro apresentar o seu atlas solar. A secretária avisa que as empresas que vão produzir o mapa do estado vão buscar o intercâmbio com os outros produzidos para a consolidação de informações. A execução do atlas começa no próximo mês, quando o Plano de Trabalho será apresentado.