Itaipu Binacional é a primeira usina de energia elétrica a fazer parte da rede mundial de reservas da biosfera. A incorporação das áreas preservadas do lado paraguaio da hidrelétrica à iniciativa foi aprovada na última quarta-feira (14), durante a 29ª sessão do Conselho Internacional de Coordenação do Homem e da Biosfera, do Programa MAB – Man and the Biosphere (MAB – ICC) da Unesco. O evento foi realizado em Paris, na França.
A rede mundial de reservas de biosfera congrega áreas voltadas à pesquisa cooperativa, à conservação da biodiversidade e à promoção do desenvolvimento sustentável. Com a inclusão, a usina poderá participar e se beneficiar do compartilhamento de pesquisas das outras reservas espalhadas pelo mundo, além de fortalecer seu papel institucional como organização que participa ativamente na preservação do meio ambiente. Com esse posto, Itaipu que já é reconhecida e premiada pela ONU, em especial pelos cuidados hídricos, soma mais um reconhecimento ao seu portfólio de iniciativas socioambientais bem-sucedidas.
Para o diretor-geral paraguaio de Itaipu, James Spalding, esse é um importante prestígio aos esforços de décadas da hidrelétrica, tanto do lado brasileiro quanto ao paraguaio, para recompor a área em entorno. “Como diz o Papa Francisco, nossa casa é única. Por isso, temos que cuidar dela como uma só”, numa referência ao trabalho que é executado em parceria pelos dois países em ambas as margens da hidrelétrica.
No lado brasileiro, iniciativas socioambientais adotadas ao longo do reservatório já foram replicadas em diversos países. Visto isso, o diretor-geral brasileiro da usina, Luiz Fernando Vianna, afirma que na próxima Conferência do MAB, em 2018, a Itaipu apresentará uma proposta de extensão da reserva da biosfera abrangendo também áreas protegidas pela binacional no Brasil. As reservas incluem mata nativa e trechos de reflorestamento, num total de 41 mil hectares. Juntamente com a área da faixa de proteção, a quantidade de áreas protegidas pela binacional chega a cerca de 105 mil hectares em ambos os países.
“Viemos aqui defender Itaipu como uma empresa única, binacional”, disse Vianna. “Com esse reconhecimento, aumenta nossa responsabilidade e vontade de trabalhar para tornar cada vez mais o nosso entorno um modelo de território sustentável.