Dentro do processo de reorganização que está em andamento na estatal, uma das grandes mudanças será o número total de empregados que a companhia terá ao final desse processo. Segundo o presidente executivo da empresa, Wilson Ferreira Júnior, será cerca de metade do que existe atualmente. Muito em decorrência das vendas de distribuidoras e SPEs que estão programadas.
Segundo ele, essa redução deve-se à busca por eficiência operacional da empresa. Atualmente a companhia está com um total de 23.174 empregados, sendo que 17.202 em geração e transmissão e 5.972 em distribuição.
Ele exemplificou que nesse processo a empresa deverá iniciar em janeiro a operação do centro de serviços compartihados que reunirá em um único ambiente questões administrativas do grupo todo. Anteriormente, cada uma concentrava as operações de forma separada. Isso só será possível com a aquisição de um mesmo sistema de gestão da SAP para todas as controladas, um fato, que segundo o executivo, ocorreu pela primeira vez na companhia.
“A companhia, ao final do processo, terá 50% de redução do seu quadro com as privatizações e desligamentos incentivados de pessoal”, resumiu ele em palestra na Fundação Fernando Henrique Cardoso, em São Paulo. No final, a empresa deverá chegar à redução de 85% de custos com as controladas em Brasília, e no Rio concentrará todas as companhias em dois prédios.
Outras ações foram o corte de posições gerenciais que até ultrapassou a meta de 587 pessoas com um total de 688 posições a menos. “Isso mostra que aplicamos critérios corretos para as empresas”, comentou. Assessores foram limitados a dois para os diretores e redução de 40% em secretárias.
“Os efeitos da redução de pessoas virão da redução de seis mil com as privatizações e cinco mil no plano de aposentaria e de demissão incentivada”, enumerou. “As iniciativas no todo possuem potencial de redução de R$ 2,5 bilhões em custos”, finalizou.