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Relatório produzido pela Moody’s Investors Service mostra que as geradoras brasileiras de energia hidrelétrica vão se beneficiar do arcabouço regulatório criado em 2015 em caso de uma potencial seca neste ano. A lei 13.203/2015 – originada da medida provisória 688 – estabeleceu um seguro hidrológico que permite, de certo modo, que as companhias compartilhem os riscos financeiros com os consumidores.

Segundo o relatório, as precipitações no último período de chuvas no Brasil ficaram abaixo da média e o país entra na temporada seca com reservatórios em níveis significativamente reduzidos. Nas regiões Sudeste e Centro-Oeste, que respondem por cerca de 70% da geração hidrelétrica do país, a capacidade dos reservatórios era de 42% em março de 2017 ante 62% em março de 2016. Já na região Nordeste, os níveis dos reservatórios são os mais baixos em quatro anos.

Estratégias de comercialização e a diversificação da matriz energética das companhias também podem ajudar a mitigar a exposição dos emissores à seca. De acordo com Bernardo Costa, vice-presidente e analista sênior da Moody’s, embora uma eminente seca não deixe de ser negativa para as empresas brasileiras de geração hidrelétrica, o impacto provavelmente será menor que o registrado em 2014 e 2015.

As geradoras que têm a maior parte de sua capacidade concentrada em fontes hídricas encerraram 2016 com um índice de cobertura de juros médio de aproximadamente 65% dos níveis de 2013/2014, o que demonstra o efeito das secas de 2014 e 2015 sobre os colchões para serviço de dívida das companhias.

O relatório da Moody’s diz ainda que as empresas podem ganhar proteção adicional contra condições hidrológicas adversas para esse ano ao se comprometerem a entregar menos em contratos de fornecimento de energia do que a capacidade regulada, sendo que esse colchão de energia pode ser vendido no mercado spot. Do ponto de vista de crédito, isto alivia o declínio nos fluxos de caixa operacionais, uma vez que as vendas no mercado spot compensariam o provável volume maior de compras no mercado spot necessários em caso de déficit de geração.

Entre as companhias avaliadas pela Moody´s, a Statkraft e a CPFL Energias Renováveis têm menor exposição ao risco hidrológico devido à inclusão de energia eólica em seus portfólios de geração. Por outro lado, Cemig GT e a Rio Paranapanema (antiga Duke Energy) estão entre as mais expostas por conta de elevada concentração em fontes hidroelétricas, bem como colchões relativamente reduzidos em seus contratos.