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O presidente da Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica, Nelson Leite, criticou em conversa com jornalistas qualquer tentativa de pressão sobre o Ministério de Minas e Energia para a realização de um leilão de energia de reserva em 2017. “Nós achamos que fazer um leilão de reserva sem que haja a constatação da necessidade de energia por parte de EPE (Empresa de Pesquisa Energética) é temerário e significa jogar mais custos para o consumidor brasileiro, para pagar uma energia que não é necessária”, destacou o executivo, após divulgação da pesquisa anual da Abradee de satisfação do consumidor.
A possibilidade de que um certame para a contratação desse tipo de energia venha a ser feito no segundo semestre desse ano não é confirmada nem descartada pelo ministro Fernando Coelho Filho, mas não há consenso no MME em relação a isso. Para o dirigente da Abradee, um leilão de reserva deveria ser precedido de estudo técnico da EPE para constatar a real necessidade de contratar reserva para o sistema. “Reconhecemos a importância da cadeia produtiva, mas não podemos transferir para o consumidor de energia elétrica o ônus de manter essa cadeia sem necessidade.”
No ano passado, o governo cancelou o segundo leilão de energia de reserva de 2016, dias antes do certame, que seria realizado em 19 de dezembro. A decisão foi anunciada no dia 14 pelo secretário-executivo do MME, Paulo Pedrosa, após reunião do Conselho Nacional de Política Energética. Segundo Pedrosa, a decisão foi consequência da revisão das previsões de demanda futura de energia no Brasil pela EPE. O certame era destinado à contratação de energia de empreendimentos eólicos e solar fotovoltaicos com entrega a partir de 2019. Na época, Pedrosa explicou que a previsão é de que haveria sobra de energia da ordem de 9 mil MW médios para 2020. A decisão pegou de surpresa e desagradou investidores nas duas fontes.