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O governo avisou que só realizará leilão neste ano para contratação de nova usinas mediante uma demanda legítima. O recado foi dado pelo secretário executivo do Ministério de Minas e Energia, Paulo Pedrosa, em um momento em que o governo é pressionado por alguns segmentos do setor elétrico que pedem o retorno dos leilões, sob a ameaça de destruição da cadeia industrial instalada no Brasil.
Pedrosa participou nesta terça-feira, 27 de junho, do Ethanol Summit, em São Paulo. O executivo lembrou que antes de fazer novas contratações, o governo quer eliminar os contratos de energia cujos projetos indicam que não vão performar. Para isso, será realizado um leilão de descontratação de energia de reserva, ainda sem dada marcada. Além disso, o governo já realizou a revisão da garantia físicas de algumas hidrelétricas.
Segundo Pedrosa, o governo só fará “aquilo que encontre justificativas técnicas”. “Não podemos escolher os segmentos”, declarou ao ser questionado sobre o calendário de leilões.
A expectativa do mercado é que o governo faça ao menos dois leilões de geração neste ano: um do tipo de reserva e outro do tipo A-5. Até o momento, não há uma definição clara se estes leilões serão realmente realizados. A contratação de novos projetos de geração esfriou a partir de 2015, reflexo da expressiva queda de demanda de energia do país, causada pela crise econômica.