O consumo nacional de energia elétrica em junho somou 57.881 MW médios, ficando 0,2% acima do patamar verificado em igual mês em 2016. Segundo a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), houve redução em 5% no consumo do mercado cativo, influenciado pela migração de consumidores para o mercado livre. Caso esse efeito fosse desconsiderado, o consumo no período teria aumentado 1,2%. As informações constam na mais recente edição do boletim InfoMercado Semanal Dinâmico.

No ambiente de contratação livre, o consumo com as novas cargas vindas do mercado cativo cresceu 14,8%, número que apresentaria retração de 2,2% sem o movimento de migração. Entre os ramos da indústria avaliados pela CCEE, incluindo dados de autoprodutores, varejistas, consumidores livres e especiais, os maiores índices de aumento no consumo de energia no período pertencem aos segmentos de comércio (96,5%); telecomunicações (85,1%); e saneamento (71,9%), variações analisadas sob o efeito da migração para o mercado livre.

A geração de energia no Sistema Integrado Nacional (SIN) ao longo de junho registrou 60.648 MW médios, alta de 0,5% na comparação anual. Destaque para a geração das eólicas, que registrou aumento de 30,6%. A produção das térmicas apontou queda de 2,8%, devido, principalmente, à diminuição na produção das usinas de carvão mineral (-35,7%). As hidráulicas tiveram retração de 1,2% na geração.

O InfoMercado também apresenta estimativa de que as hidrelétricas integrantes do Mecanismo de Realocação de Energia (MRE) gerem, em junho, o equivalente a 80,48% de suas garantias físicas, ou 43.391 MW médios em energia elétrica. Para fins de repactuação do risco hidrológico, o percentual foi quase o mesmo (79,48%).