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A exploração total do potencial eólico do Ceará representaria investimentos de R$ 400 bilhões, além da criação de cerca de 1,2 milhões de empregos, aponta a Federação das Indústrias do Estado do Ceará (FIEC), com base em estudo realizado pela fabricante de aerogeradores Vestas.
O relatório traz resultados da análise dos ventos obtidos por meio do software SiteHunt, que pode fornecer desde uma visão geral do recurso de vento em um continente, país ou região até o layout de uma usina eólica em determinada localidade. O sistema foi desenvolvido pela própria Vestas, que também possui uma fábrica de aerogeradores no Ceará.
Segundo o estudo, o estado dispõe de 80 GW de potencial eólico acumulado, em velocidades superiores a 7,0 m/s, patamar de vento considerado atrativo economicamente. Os resultados demonstram que o Ceará possui condições excepcionais para a geração de energia eólica: ventos constantes, bem direcionados, com alto índice de aproveitamento e bem distribuídos na área geográfica.
“Esse enorme potencial influenciou na escolha do Ceará para sediar nossa unidade industrial no Brasil”, afirmou Adriano Barros, diretor Institucional da Vestas.
O Ceará descobriu essa vocação no final da década de 1990 e tornou-se pioneiro no estímulo à geração de energia eólica no Brasil, com a implantação dos primeiros parques comerciais. Em 2016, 21 novos parques eólicos entraram em operação no estado, totalizando 485 MW de capacidade adicional, segundo boletim anual divulgado pela Associação Brasileira de Energia Eólica (ABEEólica).
Em termos de produção efetiva de energia, as usinas do Ceará totalizaram 5,87 TWh em 2016, atrás apenas de Bahia (6,08TWh) e Rio Grande do Norte (10,59TWh). Porém, em termos de fator de capacidade, o Ceará tem o maio fator médio no período de 2016, com 47,6%, a frente de Piauí (43,7%) e Rio Grande do Norte (41,8%).
O fator de capacidade médio da fonte eólica no Brasil foi de 40,7% em 2016. Este é um resultado bem acima da média mundial, que gira ao redor de 25%. Segundo a ABEEólica, essa é a prova que o Brasil tem um dos melhores ventos do mundo.
De acordo com o Banco de Informações de Geração da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), há 444,4 MW em parques eólicos sendo construído no Ceará e outros 482,9 MW cuja obra ainda não foi iniciada. Atualmente, o Governo do Estado, através da SDE/ADECE, em conjunto com a FIEC, está implementando uma agenda para a retomada do desenvolvimento da cadeia produtiva de energia eólica.