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O mercado brasileiro de integradores de sistemas de geração solar fotovoltaica é um segmento que deverá atingir cerca de R$ 1 bilhão já em 2017. Essa projeção leva em conta os dados comparados deste ano em relação a 2016. Uma pesquisa semestral realizada pela Greener e apresentada no Brasil Solar Power 2017 apontou que o crescimento deste segmento é quase o dobro do ano passado. O volume de equipamentos importados e comercializados em seis meses deste ano já se assemelha ao realizado nos 12 meses de 2016.

Contudo, segundo o diretor da empresa, Marcio Takata, esse ainda é um negócio de empresas pequenas e que ainda estão começando a se estruturar por aqui. E, continuou ele, a tendência é de que nos próximos cinco a 10 anos o país comece a passar por um processo de consolidação desse mercado em função da busca por eficiência dessas empresas e pela necessidade de crescimento, reduzindo assim a pulverização dessa atividade, que hoje é de cerca de 1.620 empresas.

“Acreditamos que haja até mesmo uma readequação do modelo de negócios dessas integradoras com o foco mais em serviços e predominância do faturamento direto”, comentou ele após sua apresentação na segunda edição do Brasil Solar Power, evento realizado no Rio de Janeiro nos dias 5 e 6 de julho.

A empresa apresentou um raio-x do momento que o país vive no segmento de geração distribuída da fonte solar fotovoltaica. Dentre os resultados apresentados está o de que a maioria das companhias ainda está investindo para participar do mercado. Ou seja, ainda opera no vermelho e busca sua participação de mercado. Isso porque a maioria delas ainda possui até três anos de atuação. “Essa presença de empresas mais novas é natural, pois esse é um mercado que começou a se desenvolver recentemente no país”, lembrou o executivo. A maior parte dessas integradoras, ou 60% estão localizadas na região Sudeste e 28% no Sul do país.

O modelo de comercialização dessas empresas apresenta hoje uma divisão entre apresentar fatura única para seu cliente final, com 50,7% ante os 44,7% que divide a forma de cobrança em duas parcelas, sendo uma dos equipamentos (kit) e outra de serviços que são prestados ao cliente. Justamente a primeira modalidade que deverá prevalecer nos próximos anos quando iniciar a consolidação do setor.

Uma questão importante apontada nessa pesquisa é justamente a concorrência do mercado. Com uma grande pulverização de empresas que atuam no mercado os preços acabam sendo rebaixados e esse ponto dos preços baixos é apontado como um desafio por 26,2% dos agentes que participaram da pesquisa, item que ficou atrás apenas da necessidade de financiamento citada por 26,7%.

Aliás, é justamente a questão financeira e a indisponibilidade das empresas em acessar linhas de financiamento que levaram 67% dos entrevistados a apontar esse item como o que trava o maior crescimento da GD solar fotovoltaica no país. Hoje, 50% das empresas não possuem esse acesso a recursos para a implantação de sistemas, o segundo colocado nesse item é um banco comercial, o Santander, com 22% das citações.

Apesar desse cenário o mercado tem evoluído rapidamente. Takata disse que desde a última edição da pesquisa, seis meses atrás, o número médio de propostas no mercado dobrou passaram a 41 propostas por empresa e as vendas subiram, mas de forma mais moderada, para 1,74 vendas por mês ante um índice que não chegava a uma venda por empresa nesse período, em média. O volume de conversão de propostas em vendas também avançou, de 3,63% para 4,24%. Os sistemas instalados estão crescendo, passaram de 8 KWp para 9,14 KWp.

O diretor da Greener aponta que esse fenômeno é explicado pela queda de custo dos sistemas ao consumidor final. Nos últimos seis meses a queda ficou em 20% por conta da redução de preços dos equipamentos. Na comparação de preços com o ano passado os sistemas de 4 KWp, tipicamente residenciais, o custo médio por Wp instalado recuou de R$ 8,77 para R$ 6,52 e em sistemas maiores para o segmento comercial de 75 KWp de R$ 6,68 para R$ 4,60.