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O road show que o governo do Estado de São Paulo planeja realizar em breve para divulgar o processo de venda de sua participação na Cesp incluirá não somente a China. No roteiro a ser feito os executivos estão de olho no capital disponível na Europa, Estados Unidos e Canadá. O negócio envolverá os quase 40% do capital total da geradora e deverá ser feito em leilão na B3 (antiga BM&FBovespa) até o final do ano.
Segundo o secretário estadual de Energia e Mineração de São Paulo, João Carlos Meirelles, não há pressa em vender a estatal. O processo está em seu andamento normal que havia sido determinado ainda no ano de 2016. O que houve, esclareceu ele, foi um pedido do controlador da Cesp sobre a possibilidade de prorrogação da concessão da UHE Porto Primavera, a única de grande porte que restou à companhia de acordo com os termos da lei 13.360. Se aceito o pedido, continuou o representante, o valor agregado com um contrato por mais 30 anos como previa a lei seria mais elevado para o estado.
“Como recebemos oficialmente uma resposta negativa do governo federal demos continuidade ao processo de venda como previsto anteriormente”, disse Meirelles após o painel de abertura do Brasil Solar Power 2017, evento realizado no Rio de Janeiro. “Hoje não faz sentido um estado moderno ser dono de uma empresa de geração como nos anos 50, quando não havia investidores no Brasil, o cenário é outro e por isso não faz sentido continuar”, acrescentou.
Meirelles comentou que a venda da companhia não deverá interromper os projeto de P&D que estão sendo desenvolvidos como o de flutuadores solares e eólicas, justamente na área da maior usina da empresa, pois os aportes são da Cesp. A companhia é formada ainda por outras duas centrais, Jaguari e Paraibuna mas que têm papel mais de regulação e de reservatório de abastecimento do que de geração.