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O setor eólico será prejudicado com a suspensão de serviços da Polícia Rodoviária Federal (PRF), disse a presidente executiva da Associação Brasileira de Energia Eólica (ABEEólica), Elbia Gannoum.
Em função de contingenciamento orçamentário, a PRF anunciou a suspensão e a redução de alguns serviços a partir desta quinta-feira, 6 de julho, entre eles o de escolta de cargas superdimensionadas e escoltas em rodovias federais.
Devido ao tamanho dos aerogeradores, que podem ultrapassar 50 metros de cumprimento, esses equipamentos precisam de transporte especial. Em trechos de via única, serras, vales e montes, é obrigatório a escolta da PRF. Em outros trechos, é possível trafegar com escolta particular.
Segundo Elbia, a interrupção do serviço de escolta por parte da PRF é um grande problema para o setor, na medida em que existe a previsão de trafegar no Brasil 10 mil carretas com equipamentos eólicos até o final do ano. “Estamos literalmente com carga parada”, disse.
A executiva avaliou como grave a situação. O gargalo logístico deve gerar novos custos para o setor, podendo comprometer o cronograma dos parques eólicos em construção. Além disso, o atraso na data de operação dos projetos pode gerar multas e penalizações aos investidores.
Em nota, Polícia Rodoviária Federal, em conjunto com Ministério da Justiça e Segurança Pública, informou que está em tratativas com Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão “para que se tenha uma célere recomposição do orçamento e o consequente restabelecimento dos serviços e normalização da atuação da instituição.”